É um “momento de crise” o que está a ser vivido pela Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) de Coimbra. Com os prejuízos provocados pela tempestade Leslie a rondarem os 200 mil euros, parte dos quais não é coberta pelos seguros, a instituição, que apoia 1200 jovens adultos com deficiência intelectual, enfrenta “grandes dificuldades” enquanto luta para repor a normalidade. Por fazer vão ficar projetos urgentes e que estavam planeados.
“Andamos sempre no limbo da sustentabilidade, tentando gerir as prioridades sem prejudicar a qualidade do serviço prestado, mas agora tudo se inverteu”, diz Maria Helena Albuquerque, presidente da APPACDM.
Os danos mais graves registaram-se no lar residencial de São Silvestre. “A cobertura foi arrancada, como se fosse uma lata de atum, a água entrou e destruiu tetos falsos, paredes, portas…”, descreve José Júlio Pacheco, da direção da instituição. A tempestade obrigou a realojar 18 jovens no Centro de Atividade Ocupacionais em São Silvestre. “As salas de atividades são transformadas em quartos à noite, com colchões no chão”, relata Maria Helena Albuquerque. A situação, garante, afeta “a estabilidade e as rotinas dos jovens, provoca-lhes um mal-estar e uma inquietude muito grandes”.
Notícia completa na edição impressa de 19 de novembro de 2018