Na passada quinta-feira, discutiu-se na Assembleia Municipal da Figueira a intervenção no espaço público, em curso (Baixa da Figueira e Buarcos) e a iniciar (quando o Tribunal de Contas deixar de ter dúvidas e passar o respetivo “visto”, no caso da requalificação do Cabedelo).

Gorada a possibilidade de realização de uma AM Extraordinária porque o PS para tal se indisponibilizou (parece que é muito caro ouvir o povo…), as respostas (quando aconteciam) às fundadas dúvidas tinham sido normalmente desculpabilizantes, reveladoras de um inexplicável desconhecimento dos projetos, e, “sem dar por ela”, lá se ia abater mais trinta e tal árvores, destruir a “Estátua do pescador”, em Buarcos, para a relocalizar a três metros(!…), destruir equipamentos em razoável estado para construir novos, intervir em espaços que foram requalificados há apenas dois anos, substituir sentidos de trânsito sem justificação razoável, diminuir lugares de estacionamento, etc, etc…

Sem questionar a necessidade de obras no concelho que sirvam o propósito de melhorar as condições de vida, de trabalho e de lazer de quem cá vive e de quem nos visita, ficou finalmente claro que:

1. A audição da sociedade figueirense teria evitado muitos erros e necessária reconfiguração dos projetos iniciais;
2. Estas obras (todas) são uma opção política de (todo) o Executivo camarário;
3. Algumas (muitas) das opções tomadas serão más, quer para a circulação rodoviária, quer para o comércio local, agravando as condições de vida e de trabalho e de usufruto do espaço comum.