Opinião: …E melhores dias virão!

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Todos sabemos que não existem verdades absolutas. Sabemos sobretudo que, para atingir um objectivo a que nos propomos, procuramos a verdade absoluta. Esta é a forma que temos de, erro após erro ficar perto da verdade. É que, nem nas ciências ditas exactas existem verdades absolutas!

Assumir o erro é, não a melhor mas única forma, de romper com silêncios ruidosos e retirar argumentos de base hipoteticamente sustentável. O erro é o erro, todos o cometemos e com ele aprendemos. Os que não assumem o erro nunca atingirão aquilo a que se propõem!

O mundo cresceu do erro. E continua, de erro em erro, a crescer.

Para se assumir o erro não é necessário ser um cidadão exemplar, consciente das suas fragilidades num mundo em crescente e absurdo crescimento, carregado de contradições. É só necessário ser inteligente, mediano até, e esquecer, se conseguir, a sua condição de esperto.

O mundo revolta-se, em silêncio, contra aqueles que não assumem o erro e a sua fragilidade – sua própria e do erro -!

A política, o futebol e tudo o mais que está sujeito a uma visibilidade social acima da média, seja lá o que isso for, deveria assumir as omissões em que se revestem as suas decisões.

Todos os partidos políticos sofrem de enormes fragilidades. Ainda mais neste momento histórico, em que nada se decide tendo em vista o desenvolvimento do País, mas tão só, a manutenção ou obtenção do poder.

Em linguagem menos erudita, significa que a malta se está a marimbar para a populaça e, a populaça vai na conversa da treta porque lhe interessa.

O PS apesar de governar o País fruto de uma coligação legítima, não conseguiu vencer o PSD após anos de austeridade feroz. Porque, diga-se, não apresentou argumentos e o poder fez do silêncio a sua grande arma.

Quando algo que é muito desejável não se concretiza, por exemplo o aeroporto de Coimbra, o pior que um partido político poderia fazer, ao invés de gerir o silêncio, seria aduzir ao erro um sem número de argumentos que não colam na opinião pública, e que são eles próprios, o erro!

Ora, o silêncio tem sempre um significado. É necessário descodifica-lo, analisá-lo, percebê-lo para calar ainda mais o silêncio.

Eu sei que é difícil resistir a microfones, tecer considerações, escrever de acordo com interesses pessoais, de grupo, ou até de seita.

No futebol é exactamente a mesma coisa, porque futebol e política conseguiram juntar o pior que o País produz.

Defender uma causa, seja ela qual for, deverá ter um objectivo comum. Deverá ter um consentimento global, uma consciência do dever, o que me parece não ser comum.

Por isso, quando algo começa a correr mal, quando o poder se poderá estar a esvair, quando sentem que o “futuro já não passa por aqui” saltam fora da carroça” e são sempre os mesmos a carregar com as bandeiras.

Mal por mal, ainda nos vamos livrando deles…e melhores dias virão!

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