1. Uma oportunidade magnifica para a renovação da cidade
Já falámos aqui da importância que tem a nível economico, cultural e social, para uma cidade e sua Região, o que é ser Capital europeia da cultura. Em 2027 haverá, como todos os anos, duas Capitais Europeias da Cultura. Nesse ano, uma será em Portugal e outra na Estónia. Em Portugal já três cidades foram, até à data, Capitais Europeias da Cultura: Lisboa ( 994 ), Porto ( 2001 ) e Guimarães ( 2012 ) e disso tiraram grandes benefícios, que lhes deram um grande impulso na sua dinâmica e desenvolvimento, que hoje são bem visíveis .
Sendo Coimbra um dos símbolos fundamentais da cultura lusófona (berço da língua e da cultura portuguesa, afirmou a Unesco), é de admirar (para quem se rege por princípios de honestidade intelectual) o facto de nunca ter sido até agora Capital Europeia da Cultura! Para quem está atento às questões da cidadania, aí está, mais uma vez, uma oportunidade magnifica para a renovação da cidade.
2. Uma questão de honra e de justiça que o País aguarda
Desta forma, também já aqui o dissemos na altura, foi com agrado geral que Coimbra anunciou em Junho passado a sua Candidatura para 2027 e a Comissão de preparação da mesma. Um conjunto de personalidades reconhecidas e respeitadas da cidade, uma comissão valiosa e altamente credível, capaz de levar a água ao seu moinho.
A candidatura pecou quanto a nós por tardia, pois nessa altura já estavam no terreno as de outras cidades, que possivelmente não a apresentariam se Coimbra tivesse antecipado a sua, há muito tempo por todos esperada.
O que está em jogo na candidatura de Coimbra não é apenas uma questão de honra mas também de justiça, que muitos portugueses, de Norte a Sul do País, querem que seja feita e que a aguardam com ansiedade.
3. A preparação da Candidatura. Um trabalho colectivo enorme
A primeira fase, a decorrer neste momento, consiste na preparação das propostas, que serão apreciadas por um júri nacional, a nomear no ano de 2020. Este júri poderá seleccionar uma ou mais candidaturas, para que Bruxelas na fase posterior decida a vencedora.
Para que a proposta seja aceite é preciso preencher um conjunto de requisitos, altamente exigentes e complexos. É um trabalho enorme!
-Até ao ano 2020 realizar um conjunto de actividades que enriqueçam a candidatura dando-lhe credibilidade e afirmando a dimensão europeia da cidade/Região (duas questões consideradas essenciais)
-Desenvolver um conjunto de infra- estruturas que possam suportar o que vai acontecer em 2027, mas também nos anos seguintes.
– Efectuar, em 2027, um conjunto de eventos não inferior a 400
– Assegurar um Investimento base de 100 milhões de Euros
– Actuar sobre outros aspectos importantes da cidade, para alem do cultural, como a reabilitação urbana, a criação de empresas e empregos, etc.
Como se vê um trabalho colectivo enorme, só possível com um forte e alargado envolvimento da população interessada e disponível para ajudar a construir uma Coimbra renovada. É obra, não é? Mas acreditem que muita gente já meteu os pés ao trabalho, Venham daí!
4. Fazer o ponto de situação
Conforme tinha prometido em Junho a Comissão realizou a 1ª Conferencia de Imprensa, para fazer o ponto de situação, na passada 6ª feira, pelas 11h, no Café de Santa Cruz.
Foi, também, anunciado que a 2ª Conferencia de Imprensa terá lugar no dia 4. Janeiro próximo em Coimbra, a que se seguirá em Março, um Fórum Internacional de debate de ideias.
O Santa Cruz encheu-se, completamente, de gente atenta que seguiu com o maior interesse e agrado a magnifica intervenção dos elementos da Comissão. Pela sua importância, dela daremos conta detalhada na próxima Crónica.