Opinião: Voltando a New Bedford

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New Bedford, cidade desde 1787, incorpora uma enorme percentagem de descendentes portugueses, a grande maioria madeirense e açoriana. Há 17 anos, o grupo de teatro do Kiwanis, bem vivo à época, foi representar a peça de Miguel Torga “O mar” à Universidade de Dartmouth e ao Clube dos Pescadores de New Bedford, tendo tido mais de 400 espectadores. Visitámos a Casa a Saudade Public Library, onde metade dos mais 35 mil volumes está escrita em português. Instituição que nos honra inúmeros anos, dirigida por Maria José Frenardes Carvalho, de Buarcos.

A prura de leitores anual era superior a 20 mil. Ana e José Vinagre cantavam o fado por toda a região. New Bedford foi revitalizada com sangue português, após John Kennedy, que tinha propriedades bem perto e ligações políticas bem fortes na região, e como consequência do grande sismo dos Açores, ter “aberto” a emigração aos açorianos, tendo coincidido com o período de descolonização, trazendo portugueses anteriormente radicados nas colónias de África.

No século XIX, era um dos portos mais importantes da América. A pesca da baleia, em cujo museu há inúmeros baleeiros portugueses, cujas vozes foram representadas por Herman Melville, no seu “Moby Dick”, e a busca da baleia branca, a bordo do navio “Pequod”.No livro encontramos marinheiros holandeses, franceses, dinamarqueses, chineses, irlandeses, todo um mundo dedicado à caçar baleias.

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