Opinião: Uber alles

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Descontando as conotações sinistras da História, a verdade é que me parece que os taxistas portugueses querem estar “acima de tudo e de todos”.

Vamos directos ao fim da novela: a resistência dos taxistas é inútil e equivale a tentar estancar uma barragem estalada com um dedo, tipo “Bugs Bunny”. A evolução tecnológica e o desejo de conforto dos consumidores comandam, e o caminho é regular a actividade.

Para começar os táxis são muito caros. Vem a ladainha dos impostos e o diabo a sete. No entanto, estudos há que demonstram que os condutores da Uber têm tantos ou mais encargos e menos facilidades (a faixa de transportes públicos e as praças, por exemplo).

Depois vêm as grosserias e as tentativas de burla. Não preciso que me contem, porque vivi na primeira pessoa. Só para exemplificar cito uma ameaça de perfuração de pneus por um lugar de estacionamento ou um taxímetro que se avariou ao chegar ao destino. No último caso a ASAE arquivou por falta de provas, mas a vigarice era evidente.

Claro que posso aceitar que nem todos são assim, mas nas profissões que se gerem a si mesmas, compete aos “bons rapazes” depurar a classe das “maçãs podres”, o que manifestamente não passa no mundo dos carros de praça.

Já as experiências que tenho com condutores de Uber, em Portugal e noutros países, são, até à data, inteiramente positivas. A chamada vantagem da concorrência…

Ideal seria uma sã convivência e o fim da selvajaria. Um exemplo? O Aeroporto Santos Dumont (Rio de Janeiro), onde táxis e Uber têm as suas praças bem assinaladas.

Nota: este artigo foi escrito sem usar calças de ganga ou mocassins.

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