Está a exercer uma das profissões/funções com as quais sonhou ao longo da sua infância/adolescência?
Eu sonhei ser engenheiro (hoje penso que o que eu imaginava se aproxima mais da arquitetura) e depois acompanhou-me a vontade de ser jornalista – ainda não fui uma coisa nem outra mas sou muito feliz na arte que fui desenvolvendo, a de ser professor.
De facto, até há bem poucos anos sonhávamos poder ser muitas coisas, mas na realidade tudo nos puxava para “o-mesmo-emprego-estável-e-para-toda-a-vida”, e hoje, quantos não vão obrigando ainda os seus jovens a tomar decisões baseadas em lógicas e em certezas anacrónicas, no entanto inexoravelmente rumo a um futuro no qual mais de cinco milhões de postos de trabalho vão acabar até 2020 (menos de dois anos…), no qual mais de 65% (!) das crianças que nos próximos dias vão entrar no 1.º ciclo irão ter trabalhos que ainda não existem, no qual os jovens que estão a sair do ensino secundário terão uma média de dez a quinze (!) empregos durante a sua vida adulta (Relatório de 2016 do Fórum Económico Mundial).
As máquinas estão a substituir-nos, muitas profissões hoje lucrativas e promissoras acabarão à medida que a inteligência artificial for resolvendo mais problemas, e áreas desprezadas terão muita procura, por estarem ligadas a atividades criativas.
Cabe-nos então educar e formar tendo como âncora que mais importante do que memorizar é saber comunicar, colaborar, apreender conteúdos, ter pensamento crítico, inovação criativa, e… confiança para arriscar.
Bora lá?