Falta de luz adia para a tarde julgamento das agressões mortais em Montemor-o-Velho

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FOTO DB/LUÍS CARREGÃ

A falta de luz, provocada por um problema num dos disjuntores que distribui a eletricidade para todo o edifício do Tribunal de Coimbra, obrigou esta manhã ao adiamento para as 14H00 do julgamento de três homens acusados de ofensas à integridade física que levaram à morte de um jovem numa rixa em Montemor-o-Velho.

A audiência estava marcada para as 09H30. O presidente do coletivo de juízes ainda aguardou até às 10H45, tendo nessa altura tomado a decisão de agendar para a tarde o início da sessão. A eletricidade acabou por ser restabelecida cinco minutos depois deste anúncio, mas o facto da ligação poder registar alguma instabilidade até ao final da manhã levou a que se mantivesse a decisão.

Recorde-se que o caso ocorreu na madrugada de 4 de setembro de 2016. Nessa noite, em pleno recinto das festas de Montemor-o-Velho, a vítima de 18 anos – Leonardo Queda – terá derrubado um copo de cerveja na namorada de um dos arguidos.

De imediato, o jovem terá apertado com força o pescoço de Leonardo, ao mesmo tempo que com a outra mão lhe terá desferido vários socos na cabeça.

Após serem separados pelos amigos, Edgar chamou por Leonardo, sendo que, depois de uma troca de palavras, o arguido foi afastado do local.

Nesse momento, “sem que nada o fizesse prever”, o guarda prisional constituído arguido no processo terá agarrado a vítima pelo pescoço, colocando-a “de seguida por baixo da axila esquerda, imobilizando-o, enquanto lhe desferiu vários socos na cabeça, com força”, refere a acusação.

Ao mesmo tempo, Edgar e mais um homem de 35 anos terão desferido “diversos murros em várias zonas do corpo e na cabeça de Leonardo Queda, sem que este conseguisse reagir”, conta o Ministério Público, sublinhando que os três indivíduos tinham “uma estrutura física forte”.

Após o sucedido, Leonardo Queda abandonou o recinto, queixou-se de fortes dores de cabeça no regresso a casa e acabou por vomitar.

Às 08H00, a mãe encontrou o filho inconsciente, “apresentando escorrência sanguinolenta proveniente da boca”, tendo acabado por ser confirmado o óbito às 09H25, refere o Ministério Público.

“A morte de Leonardo Queda foi devida a lesões traumáticas cranioencefálicas e meningomedulares”, conclui a acusação, frisando que as agressões alegadamente levadas a cabo pelos três arguidos foram a causa da morte do jovem de 18 anos.

Os três arguidos respondem por um crime, em coautoria, de ofensa à integridade física qualificada, agravada pelo resultado.

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