Até ao final da semana, Coimbra volta a afirmar-se como capital da magia. O festival que teve início em 1992 e, desde 1998, tem sido presença anual na cidade do Mondego – transformando a relação do grande público com a arte mágica, dentro e fora do país –, está de regresso à cidade do Mondego, ainda com direção artística de Luís de Matos.
Marcado no calendário de eventos da cidade, o Festival Internacional de Magia de Coimbra tem sabido, não apenas conquistar o grande público, trazendo a magia e os mágicos literalmente para a rua, mas também chegado a pessoas tradicionalmente afastadas destas coisas do espetáculo, com a magia solidária nos hospitais e na prisão e com alguns espetáculos levados ainda a algumas freguesias periféricas do centro da cidade.
Exatamente o mesmo com a “extensão” à Figueira da Foz, que voltou a acontecer no fim de semana anterior – 15 e 16 de setembro – à abertura do festival em Coimbra. Depois, há ainda a “magia na escuridão”, destinada ao público invisual e a todos os que quiserem “sentir de olhos vendados”.
Chegados à 22.ª edição, os Encontros Mágicos de Coimbra apresentam-se, entre 18 e 23 de setembro, com um programa a apresentar 20 artistas chegados de países como a Alemanha, a Argentina, o Chile, a Coreia do Sul, a Eslovénia, a Espanha, a França, a Inglaterra, a Itália, o Japão, o Peru, a Rússia e, naturalmente, de Portugal, que irão apresentar-se num total de 127 espetáculos, entre as rúbricas Magia de Rua, Magia Solidária, Magia na Região, Magia na Escuridão, Aulas de Magia e, claro, as sempre muito aguardadas Galas Internacionais de Magia que, durante anos, fizeram do TAGV o seu palco e que agora se apresentam no grande auditório do Convento São Francisco.
Luís de Matos é o grande responsável pelo festival que afirmou Coimbra no mundo da magia, quando, em 1998, produziu pela primeira vez para a Câmara Municipal de Coimbra um evento que José Carlos Gomes (Hortini de seu nome artístico e, entretanto, falecido), havia iniciado – 1.º Festival Internacional de Magia de Coimbra – em 1992.
Texto na íntegra na edição de hoje do DIÁRIO AS BEIRAS