“De alguma coisa me hão-de valer as cicatrizes de defensor incansável do amor, da verdade e da liberdade, a tríade bendita que justifica a passagem de qualquer homem por este mundo”. Se mais não houvesse – e há tanto mais –, bastariam estas palavras, a rematarem definitivamente o seu (indispensável) “Diário”, para apresentar Miguel Torga, a vida que teve, as causas que abraçou e a obra que deixou.
O escritor e poeta, mas também o homem – nascido Adolfo Rocha, a 12 de agosto de 1907, na terra transmontana de São Martinho de Anta –, feito médico em Coimbra, depois de um percurso que o levou, muito jovem, à experiência marcante da emigração em terras brasileiras.
Coimbra, a cidade onde escreveu praticamente toda a sua obra – “De todos os cilícios, um, apenas/Me foi grato sofrer:/Cinquenta anos de desassossego/ A ver correr,/ Serenas/ As águas do Mondego” (in “Diário XIV”) – e com a qual manteve uma relação também de clínico, com consultório [de otorrinolaringologia] aberto no largo da Portagem, voltou a prestar-lhe homenagem, ontem, dia em que passaram 111 anos sobre o seu nascimento.
Pode ler a reportagem na íntegra na edição impressa desta segunda-feira, 13 de agosto, do Diário As Beiras