AG da Académica aprova orçamentos e prorrogação de pagamento do empréstimo

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DB-Pedro Ramos

A Assembleia Geral (AG) de Sócios da Associação Académica de CoimbraOrganismo Autónomo de Futebol (AAC-OAF), que decorreu na noite de ontem (23 de Agosto) no Auditório do Estádio Cidade de Coimbra, aprovou os orçamentos da AAC-OAF e da Sociedade Desportiva Unipessoal por Quotas. Na sessão foi também aprovado prolongamento de pagamento do empréstimo contraído na época passada, no valor global de 600. 000 euros, a que irá acrescer o valor da taxa de juro, cerca de 7% e encargos.

A sessão, que teve início às 21H10, começou com o presidente da Mesa da AG, João Vasco Ribeiro, a fazer um nota de pesar pelo falecimento de vários sócios, funcionários e atletas da Académica, desde a última sessão, que teve no lugar a 24 de janeiro deste ano. Entre os nomes referidos estão António Arnaurt, António Teixeira-Teixeirinha, João Calvão ou Rui de Alarcão, sócio honorário da Associação Académica de Coimbra e sócio de mérito da AAC-OAF (o único que possui tal estatuto).

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Em seguida foi o presidente da direção da AAC-OAF, Pedro Roxo, a fazer questão de lembrar o antigo reitor da Universidade de Coimbra, tendo destacado a presença assídua de Rui de Alarcão em várias Assembleias Gerais da formação academista. Após este momento, Pedro Roxo pediu desculpas pela realização da AG a 23 de Agosto (devia ter acontecido até 31 de junho), antes de falar sobre o futebol da equipa sénior dos estudantes.

“Na temporada passada falhámos o nosso objetivo. Lutámos até ao fim pela subida”. Sobre a nova época o dirigente assumiu: “ainda temos acertos para fazer, mas queremos trabalhar com afinco e critério”. Pedro Roxo considera o orçamento (aprovado na AG), equilibrado. “Oorçamento é equilibrado, realista e não afeta o futuro da instituição”, frisou. O presidente da direção deixou também uma garantia para a época 2018-2019: “vai ser um ano difícil, cheio de desafios, mas ninguém nos pode impedir de lutar”.

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Foi o vice-presidente, para a área financeira, da AAC-OAF, Pedro Ferrão, o responsável pela apresentação dos orçamentos aos associados. O dirigente mencionou que o pedido de empréstimo e a alienação de património atrasaram a apresentação de orçamento. Pedro Ferrão garantiu que os valores deste ano são semelhantes aos da temporada passada.

“É um orçamento muito idêntico ao do ano passado, traduz a estabilidade que o modelo de negócio do OAF apresenta”, sublinhou. Em relação aos números, nota para a previsão de gastos totais da SDUQ (abarca a equipa sénior, os sub-23, os juniores e os juvens) no valor de 1.691. 500 euros e proveitos globais de 1.730.000. Em relação ao orçamento da AAC-OAF, o valor de gastos previstos ronda os 700.000 euros, com os rendimentos a serem no valor de 990.000. Neste orçamento não consta a equipa de sub-23 que tem um custo de 200.000 euros, “já garantido pelo acréscimo de patrocínios, pela Liga e pela Federação Portuguesa de Futebol”, assegurou Pedro Ferrão. O vice-presidente academista sublinhou também “que nunca haverá exercícios de tudo ou nada” e que “ a aposta na subida tem de ser permanente”. Sobre o facto do empréstimo contraído junto de um particular, Pedro Ferrão, referiu que “nenhum banco nos ofereceu as mesmas condições”.

Em seguida, Pedro Ferrão apresentou aos sócios a proposta de prolongamento do pagamento do empréstimo, com a data a passar de junho de 2019, para junho de 2020. A taxa de juro mantém-se na ordem dos 7%. O mandato da atual direção termina em junho do próximo ano. Após a apresentação seguiu-se o período de intervenções dos sócios.

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Após algum debate, sendo levantada a hipótese de novo empréstimo, no valor dois milhões de euros, algo que ainda está em análise (não foi apresentada proposta ou votado) porque, segundo Pedro Ferrão, “ainda não temos respostas dos nossos parceiros bancários”, procedeu-se à votação dos orçamentos. O orçamento da AAC-OAF foi aprovado com 47 votos a favor e 10 abstenções. Em relação à SDUQ, a proposta foi aprovada com 50 votos favor e nove abstenções.

A proposta da direção, de prolongar o pagamento do atual empréstimo, foi também aprovada com 51 fotos a favor e seis abstenções. De salientar que se tratou de ratificação do empréstimo anterior.

 

No ponto outros assuntos, destaque para o facto de João Vasco Ribeiro ter anunciado que está a decorrer um processo de renumeração de sócios. O presidente da mesa da AG revelou que à data de ontem, a AAC-OAF, tinha 6.138 sócios com as quotas em dia. João Vasco Ribeiro referiu que, a partir de 25 de Setembro, os associados podem levantar os novos cartões na Loja do Sócio, no Estádio Cidade de Coimbra. O cartão tem o custo de dez euros e já deve ser apresentado no encontro frente ao Estoril, marcado para sete de Outubro.

Pedro Roxo, em resposta a algumas questões levantadas pelos sócios, garantiu que o protocolo com a Secção de Futebol (SF) da AAC “se mantém e estende-se à utilização das infra-estruturas ”, tendo confirmado que se trata “ de um satélite da AAC-OAF, portanto os jogadores do plantel de sub-23 podem atuar pela equipa da SF”.

DB-Pedro Ramos

O presidente revelou que a Académica recebeu um valor superior a 100.000 euros, adicional, relacionado com o passe do médio Chiquinho. Após a venda do jogador ao Benfica (segundo o site transfermarkt na ordem dos 600.000 mil euros), a Briosa assegurou uma mais-valia financeira numa futura transferência. Essa percentagem já não existe, porque o atleta transferiu-se, a custo zero, para o Moreirense. Pedro Roxo começou por destacar a postura do atleta, antes de revelar o pagamento por parte do Benfica. “Agradeço a seriedade e a postura que sempre teve. O jogador podia ter saído em Dezembro, mas sempre demonstrou vontade de ajudar a Académica a lutar pela subida. A proposta do Benfica foi a melhor que a Académica recebeu. O Benfica pagou uma verba adicional superior a 100.000 euros pela expetativa que a Académica tinha num futuro negócio com o jogador”.

No final da sessão o Diário As Beiras tentou confirmar, junto do presidente da direção da AAC-OAF, os valores envolvidos na transferência de Chiquinho, mas Pedro Roxo recusou fazer qualquer comentário. Com base no portal especializado em transferências, Transfermarkt e em notícias veiculas pela imprensa nacional, a Académica terá pago, ao NK Lokomitiva, da Croácia, 150.000 euros pelo passe que, a posteriori, vendeu ao Benfica, por uma verba que terá rondado os 600.000 euros. Nos relatórios disponibilizados, a 23 de agosto, pelo site da equipa lisboeta não constam os valores da transferência de Chiquinho.

Chiquinho fez 41 jogos e 9 golos pela Académica foto DR-AAC-OAF

 

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