A exposição “Titanic – A Reconstrução” não reflete uma vertente saudosista do Titanic, mas evoca uma grande obra da ciência e tecnologia daquela época. Quem o diz é Paulo Trincão, diretor do Exploratório – Centro Ciência Viva Coimbra que, na função de curador da exposição, assume a liderança da equipa do Exploratório responsável pelo desenvolvimento conceptual e gráfico da mostra, que está a gerar grande expetativa entre o público.
O investigador e divulgador de ciência afirma que “o Titanic foi uma das maiores construções humanas, quer em área , quer em materiais, quer em quantidade de peças utilizadas. Se fizermos um “flash” histórico de 1912, é comparável à construção atual de uma nave espacial”, acrescentando que “é um grande veículo de conhecimento, que desafiava a travessia entre dois continentes a uma velocidade muito acima do esperado”. “O desafio que a Expofacic nos apresentou foi que trouxéssemos uma exposição de nível internacional, mas adequada ao enorme fluxo de público do certame. É, no fundo, um ato de lazer educado”, disse.
Esta capacidade de dar a conhecer os desenvolvimentos da ciência de ponta ao comum dos cidadãos acaba por ser a missão que Paulo Trincão abraçou há duas décadas ao longo da sua vida profissional.
É geólogo e paleontólogo de formação e professor universitário mas, na década de 1990, começou a “investir naquilo que começava a despontar, e ninguém conhecia, que era a comunicação de ciência, ou seja a cultura científica, que teve no professor Mariano Gago o seu grande impulsionador”.
Pode consultar a entrevista completa na edição impressa de hoje, 27 de julho, do DIÁRIO AS BEIRAS