Opinião – O outro Mundial

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Terminou o Mundial de futebol. Para nós, portugueses, não deixa grandes memórias pelo desempenho da nossa seleção. Acontece.

Para a história ficará a honra aos vencedores gauleses e talvez a menção aos dignos adversários que os campeões bateram na final (os croatas). No mais, prevê-se que a “máquina” que dá corpo à industria do futebol desvie rapidamente as suas atenções para os campeonatos milionários, para as vedetas, para os negócios loucos…enfim, tudo aquilo que prende o interesse do amante da modalidade até à próxima competição.

Antes que este mês de competição fique arrumado na caixa das memórias, vale a pena dizer que houve episódios e personagens que nos fizeram recordar que este é apenas um jogo. E que quando se joga num contexto internacional tem o valor adicional de poder fazer descobrir as marcas que cada cultura lhe traz, fazendo da competição uma festa.

Podia falar do fair-play dos ingleses, da energia contagiante dos nigerianos, da alegria dos panamianos à prova de qualquer goleada, do espírito inquebrável dos croatas, ou da bonomia dos belgas. Ou mesmo do caráter multicultural da equipa francesa (um belo hino à diversidade).

Pessoalmente, o mais impressionante foi a equipa japonesa e os seus adeptos, um exemplo de disciplina (ao ponto de serem qualificados por serem os menos castigados) e de civismo. Correram o mundo as imagens dos adeptos limpando as bancadas no final dos jogos (tal como depois os da Colômbia e Senegal) bem como do balneário no fim de um jogo em que foram eliminados no último segundo. Estes são os exemplos que vale a pena seguir.

 

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