Não há cidade sem pessoas, não há pessoas na cidade sem um centro atrativo, não há cidade nem centro nem periferia nem pessoas sem atividades económicas que sustentem a vida das pessoas na cidade e na sua periferia.
Nos últimos anos, a Figueira perdeu população, perdeu os seus centros (o Picadeiro/Bairro Novo no verão e a Rua da República/Praças Nova e Velha no inverno são hoje uma pálida amostra do que já foram), perdeu jovens (quer porque não há Ensino Superior, apesar de estarmos circundados por três Universidades – Coimbra, Leiria e Aveiro -, mas também porque os novos licenciados aqui não encontram oportunidades válidas de emprego), e tem perdido oportunidades de investimento industrial.
Ora, quando seria vital definir um desígnio e uma estratégia para nos reposicionar na vanguarda, eis que o que se pretende é “uma Figueira com menos carros”…, sem que se faça o mínimo para dotar as entradas da cidade com parques de estacionamento, para providenciar transportes coletivos e/ou individuais mais amigos do ambiente, para tornar mais limpo e asseado o espaço público, para atrair comerciantes ao centro da cidade e industriais às zonas industriais através de políticas fiscais verdadeiramente eficientes.
Para quando a nova Zona industrial do Pincho? Para quando o alargamento da Zona Industrial da Gala? Há quantos anos os possíveis investidores estão a optar por concelhos limítrofes porque aqui não encontram terreno ou apoio? Menos carros? Talvez. Mas eu prefiro, primeiro, menos inércia.