Por esta altura no ano passado Portugal ardia, incêndios florestais por todo lado. As condições climáticas favoráveis ao fogo conduziam a uma catástrofe ambiental, económica e em certas com mortos e feridos. Abundavam teorias da conspiração sobre a origem dos incêndios, vindas especialmente da parte do presidente dos Bombeiros, hoje mais na linha de fogo por ser o presidente da mesa da Assembleia do Sporting.
Este ano os incêndios mudaram-se para a Suécia e para o Circulo Polar Ártico. As temperaturas subiram acima dos 30 graus e a “manta morta” (o mato) começou a arde. Frentes de incêndios descontroladas levaram a Suécia, país rico, organizado e moderno, a pedir ajuda à União Europeia. Os italianos enviaram aviões. Os noruegueses também. Mas, a este nível a cooperação europeia é muito fraca.
Deveria existir uma força e reservas transnacionais que permitisse uma ação imediata e concertada. O investimento comum da União Europeia carece de uma visão mais federalista e integrada no âmbito de combate aos incêndios e às catástrofes ambientais.
Na Suécia as causas dos incêndios são explicáveis à luz das alterações climáticas. Rápidas e profundas mudanças de padrão climático, temperaturas elevadas durante longos períodos, degelo de uma maior superfície, conduzem a incêndios.
Em Portugal, um verão sem muito calor e com pouco sol, uma primavera cheia de água, parecem ter afastado para já os grandes incêndios. Contudo, o verdadeiro teste à organização e medidas tomadas pelo governo, e poder local, ainda está por fazer.