Opinião: A propósito do 4 de julho

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Amanhã será feriado em Coimbra, por ser o Dia da Cidade. Recordemos hoje duas notícias que precederam as últimas eleições autárquicas, e outros anúncios que, se não forem concretizados, só desiludirão quem ainda acredite no que dizem muitos políticos, antes e depois de eleições.
Segundo notícia da agência Lusa de 25 de setembro último, … “Sem especificar qual, Manuel Machado revelou que uma empresa à escala mundial se vai instalar na cidade, criando 300 postos de trabalho de alta importância na área tecnológica e de investigação científica”…
Ainda hoje não sei o nome dessa empresa, mas certamente foi por me ter distraído – como terá acontecido a outros, incluindo o mais diligente e esforçado dos vereadores, que tem perorado sobre certa ata -, a contemplar algumas das grandiosas realizações que têm havido em Coimbra.
No dia seguinte, disse a Rádio Universidade de Coimbra que … ”Outro tema que tem estado em destaque na campanha é a situação da empresa municipal iParque. Manuel Machado defendeu um novo modelo de gestão para a empresa, que se encontra com seis milhões de buraco financeiro. O atual presidente da Câmara Municipal de Coimbra, revelou que já há uma empresa, da área da tecnologia da saúde, interessada em investir no iParque mas, por respeito, só pode ser revelado depois das eleições autárquicas de dia 1 de outubro. Manuel Machado afirmou ainda que só um novo modelo pode evitar a liquidação da empresa municipal” …
Quanto ao iParque, de que fui administrador na fase inicial, já escrevi sobre como poderia a sua gestão atrair empresas para encher tal parque científico e tecnológico. Mas como o que importa é o que faz quem manda no CiP, pergunto, com todo o respeito, ao presidente da Câmara, o que fez desde que foi eleito, e reeleito, e aos seus opositores políticos, o que não fizeram até este dia.
Outros temas que recordo da última campanha eleitoral, referem-se à prevista loja da IKEA em Coimbra, e ao anunciado aeroporto regional internacional no aeródromo de Cernache. Quanto à IKEA, sabe-se que adquiriu aqui fartos terrenos com exíguos sobrais, e que depois disso já abriu em Portugal mais dois espaços comerciais, mas da loja local não há sinal nem explicação cabal. Terá ou não, esta Câmara viabilizado tal construção? Quanto ao aeroporto, o presidente acabou de antecipar possíveis conclusões adversas do estudo que encomendou. Terão, loja e aeroporto, o desenlace de outros anúncios promissores para esta terra, mas que nunca são concretizados?
Passando ao estacionamento anárquico que perdura junto ao CHUC – e indo muito para além de polémicas sobre a localização de uma futura maternidade -, quando será erigido o auto-silo que só minorará a óbvia falta de estacionamento que inferniza diariamente quem aí vive, e os que têm de aceder às instituições localizadas em tão excecional Pólo de Saúde? E terá a Câmara de Coimbra, poder bastante para impor que a nova maternidade não agrave tamanhos problemas?
Como nem sequer decorreu um ano sobre a quinta vitória de quem gere uma fabulosa Coimbra, mas que, de tão pacata, mais parece afável encarnação da Bela Adormecida, que duro machadar criador de tão ampla como meditabunda Cindazunda, em outubro alguém proclamará o que fez pela terra! Decerto que se louvarão obras do primeiro quarto deste mandato autárquico, embora muito esteja por cumprir… A propósito, não tendo esta região o prometido metro, quando terá os tais autocarros elétricos, os “mal ditos metro bus”? Ou esta região nem sequer isto terá, depois de alguns dos políticos que agora, e de novo, tudo nos prometem, terem, há quase uma década, e de modo tão irresponsável como inconsequente, destruído o também lendário Ramal da Lousã?

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