Internacionalização é a principal aposta do ISCAC nos próximos anos

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Pedro Costa assumiu recentemente a presidência do Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Coimbra (ISCAC). Nos próximos anos, garante, em entrevista ao DIÁRIO AS BEIRAS, que irá continuar “o bom trabalho” desenvolvido por Manuel Castelo Branco e vai apostar na internacionalização da escola.

Que ISCAC encontrou após os dois mandatos de Manuel Castelo Branco?
Ao fim de oito anos de colaboração com a equipa de Manuel Castelo Branco, a qual tive a honra e o privilégio de integrar, encontrei uma escola completamente diferente daquela que existia anteriormente. Agora, temos uma escola com grande visibilidade, grande notoriedade e grande reconhecimento científico dos pares e do mercado, através da qualidade dos nossos alunos. Por outro lado, uma escola que é capaz de encher logo na 1.ª fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior – um facto histórico em todo o Politécnico de Coimbra. Por último, uma escola que é a maior de todo o IPC: 2.640 alunos, de facto. Um número fora de série em relação à história de toda a escola. Isso torna-a uma escola com as virtudes todas, o que a torna mais fácil de gerir…

… mas que representa, também, uma enorme responsabilidade para a sua gestão?
É verdade. Reconheço que a minha liderança está sob os holofotes externos, mas perdoem-me a minha falta de modéstia para dizer que eu também fiz parte da direção anterior. Portanto, estou completamente alinhado com a visão e a liderança anterior do ISCAC. Como tal, a minha liderança será feita na continuidade do que foi feito anteriormente, mas com um cunho pessoal que é normal nestas coisas.

O que se pode esperar da sua liderança?
Podem esperar uma linha contínua de gestão em relação ao mandato anterior, com forte pendor na imagem da escola, na prestação de serviços da nossa escola de negócios – Coimbra Business School –, com forte ligação ao mercado, grande foco no reconhecimento do mercado pela qualidade dos nossos alunos e grande foco na prestação de serviços à comunidade. Da escola, eu espero uma união em torno deste projeto por parte dos alunos, docentes e não docentes. Uma das apostas é a internacionalização. Esse foi um dos pontos onde não tivemos muito sucesso, por variadas razões.

Quando fala em internacionalização, quer dizer especificamente o quê?
Para os países de língua portuguesa e para os países onde existe uma forte comunidade de portugueses. Esse vai ser o nosso foco, mas entendemos que existem países onde será possível entrar através de projetos de investigação científica ou do intercâmbio de alunos e professores.

A criação da Coimbra Business School ajudou a dar nome ao ISCAC. De que forma é que irá funcionar com a sua liderança?
A nossa escola de negocios é o departamento de prestação de serviços à comunidade através de cursos à medida, muitos dos quais são feitos inloco. Iremos continuar a apostar forte neste segmento, pois isso permite-nos uma forte ligação dos alunos desses cursos às empresas onde é ministrada a formação, bem como permite deslocalizar a escola para outros locais. Uma decisão que ajuda à falta de espaço sentida na escola. Por outro lado, iremos expandir a nossa escola de negócios para Lisboa, Porto e Figueira da Foz.

Qual é o ponto de situação relativamente a esta expansão da Coimbra Business School?
Em Lisboa, o projeto tem o apoio da Sociedade de Advogados Rebelo de Sousa. Já lá fizemos alguns cursos e estão na calha mais formações. No Porto, contamos com o apoio da Santa Casa da Misericórdia do Porto, mas infelizmente ainda não demos início a qualquer tipo de formação naquela zona do país. Na Figueira da Foz, com a criação da Escola do Mar, alargamos o âmbito e quisemos que a sua gestão passasse para as mãos do Politécnico de Coimbra. Isso permite-nos avançar com a criação, em parceria com o ISEC, de uma pós-graduação em Engenharia e Gestão Industrial.

Quais são as suas expetativas em relação ao próximo Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior?
Depois de dois anos com uma taxa de 100 por cento logo na primeira fase, não posso esperar outro resultado no próximo mês de setembro. Há todo um trabalho que vem de trás e, como tal, esse mérito terá sempre de ser dado à equipa anterior. Continuamos com a mesma perspetiva, com os mesmos desafios a que acresce, para além da questão financeira e do aspeto demográfico do país, o desafio de continuar a ter uma escola cheia de alunos.

Toda a entrevista na edição impressa do DIÁRIO AS BEIRAS de 29 de julho

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