O processo da candidatura da Figueira da Foz a geoparque da UNESCO encontra-se, por assim dizer, no rés-do-chão de um enorme edifício difícil de escalar. Desde a apresentação da proposta até à resposta definitiva, decorrem vários anos.
Neste momento, o dossiê encontra-se na embrionária mas importante fase de aspirante. Na apresentação das razões da candidatura, recentemente realizada no salão nobre dos paços do concelho, aliás, o presidente da câmara, João Ataíde, alertou que estamos perante “o início de uma caminhada”, ou seja, no “ponto de partida”.
A candidatura, impulsionada pelo presidente da câmara, começou a ser elaborada há vários anos. Naquela sessão, a equipa técnica multidisciplinar, coordenada por Paulo Trincão, partilhou com os presentes o trabalho de campo que sustenta a aspiração da Figueira da Foz de vir a ter um geoparque mundial.
O envolvimento dos figueirenses, através de associações, coletividades e instituições, é fundamental para que a candidatura continue a caminhar em direção ao destino pretendido. Isto porque sem a presença e a participação das pessoas não há geoparque, ficou vincado.
Da parte da autarquia, tem sido sucessivamente renovado o interesse e a determinação em ir até ao fim, não obstante a concorrência e os escolhos que poderá encontrar durante a longa caminhada.
Do lado da representação da UNESCO em Portugal não se alimentam falsas expetativas, como frisou Elisabeth Silva, responsável pelo sector das ciências da comissão nacional daquele organismo internacional. E esclareceu que o processo pode não ficar concluído no atual mandato autárquico, alertando que se trata de “um trabalho árduo, intenso e contínuo” e “exige investimento pessoal e financeiro”.
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