Vivemos um tempo caracterizado pelo (muito) acelerado processo de transformações e de mudanças, as quais modificam a forma como pensamos, atuamos e vivemos, estas e algumas outras com profundas incidências sobre o futuro, não só da pessoa humana, como das sociedades, em geral.

Assim, o conceito de mudança é fundamental para a interpretação deste mundo, no qual a imprevisibilidade (por vezes o caos) e a globalização, a partir de uma nova ordem científica e tecnológica, implicam necessariamente novas abordagens, sobretudo aos níveis relacional e social (comunicação e interação).

É, portanto, essencial estudarmos a necessidade de adaptação a estas novas realidades, aquilatando, por exemplo, como estes novos contextos obrigam a reequacionar e a adaptar papéis e funções de diferentes atores, assim como utilizar algumas variáveis, tais como “espaço” e “tempo”, no sentido de procurarmos (re)definir as funções de todos os intervenientes no processo político (aqui entendido como a arte ou ciência da organização, direção e administração da polis).

Embora certamente substrato para futuras prosas, centro-me hoje no papel das redes sociais enquanto meios de comunicação política – como as estamos a utilizar, a interpretar, a valorizar? E qual o seu espaço face aos meios de comunicação “tradicionais”?

Há algumas semanas, um executivo do Facebook admitiu que antes e depois da última eleição presidencial americana, 146 milhões de usuários podem ter visto conteúdos mentirosos e enganadores, veiculados na plataforma por agentes do Kremlin. Novos tempos…