Abril é o mês de todas as palavras que transmitem conquistas e responsabilidades, inerentes à liberdade.
Tendo no poder local a sua expressão máxima, a democracia de abril tem uma missão: dar voz às necessidades dos cidadãos, lutar pela qualidade de vida das populações e identificar necessidades e potencialidades de cada município.
É neste conjunto de necessidades e potencialidades que deve assentar o exercício do poder local, trabalhando segundo estratégias bem definidas e evitando que os ciclos políticos, pelos quais vive a nossa democracia, interrompam trabalho em curso, causando começos e recomeços e contribuindo para o descrédito na classe política.
Os interesses da população devem sobrepor-se aos interesses partidários e todos, oposição e poder, devem esforçar-se para que os bons projetos tenham continuidade e para que as matérias de maior urgência, tenham um fio condutor, entre ciclos governativos.
Coimbra tem uma “nova” margem do Mondego, com equipamentos notáveis, que têm História e que contam estórias. Importa encontrar a comunicação certa para ver a cidade como um todo, para que se (re)encontre e cresça, num reconhecimento de que uma margem não existe sem a outra, numa dialética constante e estimulante.
Precisamos criar novas dinâmicas urbanas através de uma estratégia consistente para a mobilidade.
Um planeamento rigoroso da mobilidade traz benefícios na segurança, na higiene, no ambiente, na saúde, mas também no orçamento das famílias e no dos comerciantes, que vêm as zonas onde estão instalados os seus negócios, com maior potencial de sucesso. Dizem os experts que cidades acessíveis são cidades competitivas.
Aceder e permanecer são duas premissas fundamentais às cidades ditas “inclusivas”. A velocidade do acesso não pode tomar vantagem sobre as condições de permanência.
Urge pensar a Cidade, consensualizar soluções, trabalhar a qualidade de vida, promover a Saúde, reforçar a Educação e a Cultura, com a certeza de ser este o caminho para garantir a coesão social e reforçar a identidade de Coimbra.
O PSD defende um modelo de governação estratégica, assente na participação e no envolvimento de todos os protagonistas com responsabilidades na Cidade, ciente das contribuições de enorme qualidade existentes, em domínios tão diversos quanto a ciência e a tecnologia, as empresas e os serviços, as escolas e as associações.
Todos os projetos agregadores e diferenciadores podem contar com o apoio do PSD, desde que consistentes, com a ambição certa, estratégicos para o desenvolvimento da cidade, e por isso defensáveis nos fóruns de decisão política.
Decisões participadas, consensualizadas e tomadas localmente, são um forte impedimento às decisões acríticas e desconhecedoras da realidade, tomadas centralmente. O poder local encerra a enorme liberdade de escolher entre ser herdeiro ou ser fazedor. Honremos essa liberdade.