Opinião – Fim de ciclo?

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A prestação de contas talvez seja um dos princípios mais nobres da atividade de qualquer Instituição, pública ou privada, sendo o “Relatório e Contas” o documento que avalia e justifica o seu dia-a-dia, nas suas diversas componentes e dimensões, desde a materialização dos objetivos traçados, até à justificação dos desvios verificados ou do incumprimento do que se idealizou no Plano de Atividades para o ano em relato – assim dizem as Boas Práticas, assim deve ser feito.

No documento apresentado na passada 6.ª feira à Assembleia Municipal da Figueira da Foz, o Município demonstrou ter seguido, em 2017, a linha traçada há oito anos: cumprimento do Plano de Saneamento Financeiro e elevada execução orçamental, defendendo os “ideólogos do Regime” que a bondade desta opção é a única e verdadeira forma de conduzir os destinos do Concelho porque 1) nada mais pode ser feito nem de maneira diferente porque herdaram dívida; 2) o eleitorado valida o talento político do atual Presidente da Câmara e da(s) sua(s) equipa(s) através de sucessivas maiorias absolutas.

Estamos, assim, pelos vistos, perante uma dupla fatalidade: o Concelho da Figueira está hipotecado de ousar apreciar uma proposta alternativa que ofereça um desígnio sustentado e sustentável e que esta surja fora do espaço político socialista.

Estou convencido que a lógica fundamentadora deste ciclo político se esgotou na Figueira sem garantir o dinamismo necessário para a afirmação deste território num horizonte temporal de médio/longo prazo, pelo que voltarei ao tema na próxima semana.

 

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