1. Horários diferenciados, música e animação.
Não é uma inevitabilidade que o Restaurante tenha apenas dois tempos de funcionamento (almoço e jantar). Uma sensaboria, para um espaço que, ao apostar no futuro, se quer de imaginação e aventura, não é verdade?
Pode ser desejável que tenha três tempos como o Darwin em Lisboa ( almoço/lanche/jantar) ou quatro se acrescentarmos a ceia, como se verifica em variados locais.
Pode ser igualmente desejável que alguns desses tempos sejam acompanhados por música, nomeadamente de piano (o ambiente transforma-se por encanto), ou em certas ocasiões seja apropriada a declamação de poemas e textos, com temáticas escolhidas (de acordo com os clientes, o dia ou o lugar). Pode acontecer que tal seja apenas em determinados dias da semana ou uma vez por mês até o Restaurante ganhar notoriedade e clientela.
O exemplo mais recente com que deparei foi, há pouco tempo, no centro da Figueira da Foz. Um espaço amplo, renovado, buffet livre, música ao vivo ao sábado à noite a atrair numerosa clientela, que até vai à Figueira da Foz propositadamente, O dono satisfeito pensa fazer o mesmo ao domingo ao almoço e ver qual o resultado!
2. Um exemplo que vem de fora. Dinner-show
Falta a Coimbra, principalmente nas épocas altas de turismo, um jantar espectáculo, numa sala com capacidade para centenas de espectadores onde se misture comida da região com música, dança, teatro e vídeo. Temática ligada a Coimbra e à Região, às tradições, historias, lendas e costumes. Cartão de visita para quem chega e quer conhecer!
Tenho visto isso em várias partes do Mundo, Canadá, Espanha, França, Itália e até na China, com grande êxito e influência directa na estadia (a tal noite que falta dormir em Coimbra). Existem criativos, artistas, músicos, cantores na Região capazes de responder ao desafio. Alô empresários à procura de oportunidades de negócio.
3. Um exemplo que vem de dentro. O caso do centro comercial
Temos um caso recente de sucesso em Coimbra no que respeita a restauração em Centros comerciais. Um conceito que acaba de ser melhorado, modernizado e que pelos vistos está a dar frutos merecidos.
O nome adoptado “A Cantina” é já de si elucidativo e parece indicar que está direccionado principalmente aos mais jovens.
Olho à volta. Gosto do que vejo; iluminação intensa e brilhante, nomes dos restaurantes em evidência, mobiliário adequado, ecrãs gigantes HD decoram e dão vida ao espaço. A adopção de lemas, uma excelente ideia; “. Não é só um almoço, é uma refeição sem brigas” ou “Não é só um lanche, é o seu consultório sentimental”.
Fast food (hamburgers, pizzas, sandes que os jovens adoram); comida chinesa e buffet livre de sabor brasileiro;); grelhados (bifes, bifanas, frango); comida vegetariana (saladas, sopas light, vitaminas) e comida alentejana. Espaços para comida infantil; outros, resguardados para 2 a 4 pessoas conversar, negociar, estudar, namorar. Até a possibilidade de, em determinados dias, aliar bilhete para jantar e cinema.
Um caso de sucesso, uma sinergia enorme entre compras e gastronomia, uma a puxar pela outra. Clientes a chegarem, curiosos, de barriga vazia, a encher o espaço. A saírem satisfeitos, de barriga cheia. Com mil diabos não me venham dizer que este centro de restauração não é um espaço de ousadia e aventura, fruto de muito trabalho e imaginação!