Isabel Maranha Cardoso

O Natal aproxima-se e o País está de olhos postos num imenso “reallity show”, bem à moda de telenovela com os ingredientes habituais, ambição, poder, dinheiro; e tudo isto associado a uma organização “virtuosa” pelo serviço que presta a cidadãos com atípicas incapacidades. Já causou baixas no Governo e ameaça ainda dar muito que fazer a quem tutela a área das IPSS.

Não sendo a questão de somenos, julgo porém que também não justifica o destaque, em permanência na maioria dos espaços noticiosos, deixando para segundo plano, ou não dando a relevância merecida, a outros acontecimentos. Foi o que se passou na sexta-feira passada quando a Agência de notação financeira, a Fitch, anunciou que reviu o rating da dívida da República Portuguesa para o nível de investimento.

Quase passou despercebido e por isso sublinho-o aqui… Apesar da opinião e da contestação em torno da acção destas agências, que sem dúvida tiveram grandes responsabilidades quando validaram “lixo financeiro”, provocando a crise financeira de 2007 – 2008. Apesar de saber que o seu poder é fruto da importância que os poderes públicos lhes atribuem. Apesar de não gostar da “ditadura dos mercados” que impõem.

Apesar dos apesares… o facto da nossa dívida pública ter agora uma avaliação positiva nas 3 agências, a DBRS, a S&P e a Fitch, e duma só vez termos subido dois níveis na sua classificação, é também “raríssimo”, e é uma antecipada prenda de Natal para Portugal… este Natal já está a ser Fitch!