
FOTO MARIA ANTUNES
Projeto maior da filmografia de João Botelho, na sequência, aliás, de outras adaptações de grandes títulos da literatura portuguesa – “Frei Luís de Sousa”, de Almeida Garrett (2001); “A Corte do Norte”, de Agustina Bessa-Luís (2009); “Livro do Desassossego”, de Fernando Pessoa (2010); e “Os Maias”, de Eça de Queirós (2014) –, “Peregrinação” leva ao cinema a obra autobiográfica de Fernão Mendes Pinto, nascido em Montemor-o-Velho, por volta de 1510.
O filme, em exibição em salas de todo o país, conta com a colaboração de João Mendes Ribeiro, com o arquiteto de Coimbra a assinar o dispositivo cenográfico das cenas de estúdio de “Peregrinação”.
Na memória descritiva do projeto, João Mendes Ribeiro explica que “o dispositivo cenográfico desenhado para as cenas de estúdio do filme procurou identificar e reinterpretar as características arquitetónicas tradicionais de um palácio chinês e de um palácio japonês do século XVI, concretizando-se numa solução depurada e minimalista, cujo grau de abstração permite que não sejam espaços marcadamente antigos nem contemporâneos”.
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