
Agostinho Franklin
Terminámos no passado domingo o período das eleições autárquicas onde as diferentes forças e propostas apresentaram o que de melhor consideravam para a nossa região.
Neste período de tempo, longo, o Diário As Beiras, como é seu apanágio, fez um acompanhamento equitativo das propostas e ações que as diferentes forças em presença realizaram.
Sempre condicionado às limitações – existentes – de espaço e de possibilidade de acompanhamento em concreto, as páginas do Diário As Beiras são facilmente avaliáveis na forma como esse tratamento foi publicado. O que não é tarefa fácil de realizar noutros meios de comunicação.
Também nesta perspectiva equitativa, o Diário As Beiras disponibilizou para Coimbra um espaço de presença diária opinativa – igual – de cada uma das candidaturas, tendo dado disso conhecimento a essas candidaturas.
Igualmente comunicou disponibilidade junto das mesmas para consulta do documento de controlo interno que possuíamos e construímos de monitorização do decorrer do acompanhamento da campanha – nenhuma das candidaturas solicitou essa observação.
O Diário As Beiras promoveu ainda a realização de uma sondagem em parceria com o ISCAC-Pollab sobre as intenções de voto no concelho de Coimbra.
Sondagem de que, tal como noutras anteriores que promovemos, disponibilizámos todos os dados de compreensão de recolha de de dados e os dados – fornecidos pela empresa de sondagem Pollab.
Os resultados das sondagens, porque de sondagens se trata, representam sempre uma pesquisa de campo indicativa das intenções dos inquiridos. Nunca é uma eleição nem se poderá substituir a ela. Mais ainda, tratando-se de trabalho com sujeitos humanos – dizem os livros e os especialistas – é um trabalho que é dinâmico, pode alterar-se e ser susceptível de transformações.
Dos resultados obtidos naquela sondagem, foi gerada polémica e um conjunto de afirmações que em nada se encaixam com a nossa prática de serviço de informação que diariamente realizamos no Diário As Beiras.
O nosso foco, dia-a-dia, é o de disponibilizar informação adequada, séria e rigorosa, conscientes de que esse é o valor da marca que é o Diário As Beiras, na região que serve e nos leitores que informa. Esta forma de estar na vida e nos jornais, de fazer jornalismo, afasta-se de qualquer forma de jornalismo engagée ou beato que por ai anda e que não nos caracteriza – não pode caracterizar qualquer meio de comunicação , como o perspetivamos.
De igual modo, e sem querermos substituir-nos à empresa – Pollab – que connosco tem colaborado, em ligação com o ISCAC, ela continua a dar-nos todos os indícios de prática responsável e metodologia cuidada. Condição essencial para que os resultados que nos disponibilizam sejam fidedignos.
Fazer afirmações, como as que levianamente surgiram, de prática de alteração de dados é algo que, mesmo em contexto político, carece de fundamentação e solidez – quando não, estamos a concorrer para uma desvalorização da política, essencial, julgamos nós, para a construção de uma cidadania completa e positiva.
E é aqui que tudo entronca.
Na política, como na vida, não vale tudo.
Cada vez mais a ética é uma dimensão que deve envolver a ação política e a relação entre os diferentes atores sociais.
Aliada a uma atitude de rigor e adequação que a todos nos engrandece e nos dá confiança para o futuro.
Mesmo que a informação sobre a realidade nem sempre seja a mais favorável ou agradável, numa primeira leitura.
Da parte do Diário As Beiras, os leitores contarão sempre com esta forma de estar perante as instituições e as pessoas: a de um serviço adequado, com intenção de positivamente melhorar a comprensão da realidade.