Opinião: Por um Serviço Nacional de Saúde “MAIS”

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Quando vamos começar a querer ser “Mais”?
SER MAIS SERVIÇO. Precisamos perguntar aos doentes de que maneira pode o Serviço Nacional Saúde servir melhor. É imperativo instalar os cuidados paliativos comunitários para afastarmos de vez o ruído do sofrimento e da dor. É obrigatório explicar que extensões de saúde, criadas no passado por ausência de mobilidade das populações, não promovem o trabalho em equipa, não servem os interesses dos utentes e escondem a precariedade da rede pública de transportes. É indispensável encerrar as consultas de atendimento permanente, não são mais que máscaras da falta de acessibilidade de algumas Unidades Funcionais. É urgente munir os Cuidados de Saúde Primários de serviços de consulta de agudos deixando o Serviço de Urgência para as emergências. É preciso travar a constante pressão para aumentar os ficheiros dos médicos de família.
SER MAIS NACIONAL. Portugal não é só Lisboa. O último exemplo foi a atribuição de 70% das vagas para Médicos de Família para Lisboa. É necessário gritar a quem nos governa que o retângulo de Portugal é maior que a circunferência de Lisboa.
SER MAIS SAÚDE. A medicalização da Saúde é assustadora. Perto de 60% das pessoas com mais de 65 anos recorre ao uso de benzodiazepinas, quando o tratamento poderia ser evitado se existissem recursos como psicólogos clínicos. Os problemas de fragilidade económica e isolamento poderiam ser mitigados pela contratação de assistentes sociais.
Neste momento, depois de todo o avanço científico, conseguimos reduzir a taxa de mortalidade para valores iguais aos do início do século passado. A tecnologia apenas contrabalançou a dramática mudança nos estilos de vida. O excesso de peso, a obesidade e o sedentarismo são as causas da maioria das doenças cardiovasculares e osteoarticulares.
Vivemos governos em que o único objetivo parece sobreviver às vagas de eleições. Apesar das palavras ‘eleições’ e ‘populações’ rimarem têm fins distintos. Alguém tem de relembrar que: ”Um barco que não tem rumo não sabe o que é um vento favorável”.
É preciso dar um rumo ao Serviço Nacional Saúde.
É preciso ter coragem para procurar o ‘Mais’ para o Serviço Nacional Saúde.
Procurar este “mais” é retirar a preocupação das eleições e pensar ‘Mais’ nas populações.

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