Opinião – Incêndios.vs.2017

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João Vaz

Ninguém leva a prevenção de incêndios a sério. Nem o Governo central e muito menos o poder local. Os recentes incêndios mostram isso mesmo. As autoridades, o Estado e a comunidade em geral estavam absolutamente impreparados para que o veio a acontecer. Fruto de um longo período de secura, e de um outono que é agora o prolongamento do verão, a mata ardeu. Foi ateada por uma ponta de cigarro, uma queimada (dezenas de autos levantados pela GNR por queimadas a 15 e a 16 outubro), um foguete ou um incendiário.

O efeito dominó, potenciado pelas monoculturas de eucalipto e pinheiro, fez-se sentir e tornou os incêndios incontroláveis. Informação visível (quantos outdoors se viram na Figueira com apelo à prevenção de riscos em matéria de incêndios? Zero…..). Não há empenho direto nem da Câmara nem das Juntas de Freguesia em matéria de prevenção de incêndios.

Há ainda que pensar fora de caixa. As Juntas de Freguesia com áreas de elevado risco de incêndio florestal devem possuir veículos que se adaptem ao combate de incêndios, e ter planos próprios de mobilização de meios e pessoas. Os primeiros minutos após a ignição são cruciais. Levar um veículo do Quartel dos Bombeiros até ao extremo do concelho pode levar 20 a 30 minutos. E se os veículos dos Bombeiros fossem estacionados em vários pontos do concelho em vez de os centralizar? Houve investimento em vigilantes da floresta que pudessem prevenir “queimadas e ignições”? Até quando vamos ter os mesmos “dinossauros” sempre a pensar “dentro da caixa”?

 

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