Serpa Oliva

Mais uma vez fomos chamados a votar para as Autarquias no último domingo. Não me vou alongar nas minhas considerações pois já quase tudo foi escrito.

Terei obviamente que começar por saudar o Partido Socialista a nivel Nacional, e Manuel Machado a nível concelhio pelas vitórias alcançadas.

Não posso deixar de citar o Dr. Passos Coelho que tem sido “atacado” de uma forma violentíssima. É bom não esquecer que em 2011 foi ele que nos “salvou” de uma herança de bancarrota iminente, deixada pelo partido socialista.

Durante quatro anos, com a ajuda de todos nós, mantendo uma linha de austeridade, de seriedade, com princípios, juntamente com o CDS preparou serenamente o terreno para os bons momentos que a economia do País actualmente atravessa (apesar da dívida ter atingido esta semana o valor recorde de 250.000 milhões de euros), e ganhou mesmo assim as últimas eleições legislativas.

Passos Coelho é, antes de mais, um estadista, um homem sério e digno do respeito de todos.

Uma palavra para o CDS, e muito especialmente Assunção Cristas pela vitória retumbante que obteve em Lisboa, também ela, uma verdadeira líder, de quem o País muito tem a esperar.

Bloco, PCP e Independentes obtiveram resultados demasiado “pobres” para merecerem qualquer menção.

Coimbra esteve ao nível do todo Nacional, e não houve grandes alterações relativamente às últimas eleições.

Temos, apesar de tudo, que estar felizes pois vivemos num País onde a Democracia e a Liberdade nos permitem livremente expressar as nossas convicções, embora com um complexo de esquerda dos nossos media que confesso não entendo. Um dia, me debruçarei sobre isso…

Uma palavra ainda, esta de profunda preocupação, pelo que se passou na Catalunha. Tive oportunidade de aí estagiar, no Hospital Vall d’Hebron, já lá vão mais de 30 anos (já nessa altura se sentia que o Rei era a grande força de união da Espanha), e talvez por isso fiquei ligado de modo especial àquela espantosa cidade, e também por isso, segui com redobrado interesse na questão do referendo.

Mariano Rajoy não tinha outra alternativa que não fosse tentar impedir a realização do referendo que era anti-constitucional como já todos sabem.

Confesso-vos o meu receio relativamente a tudo aquilo que se seguirá, e considero esta situação mais “explosiva” para a questão Europeia do que o Brexit ou qualquer hipotética ascensão de partidos anti-europeus a nivel dos 27.

A Espanha, e nomeadamente a Catalunha, têm que encontrar situações de consenso para evitar uma situação que pode tornar-se uma “caixa de pandora”, que poderá levar à “explosão” da Europa.

Termino com uma saudação final a Angela Merkel que mais uma vez ganhou as eleições na Alemanha. Alguém que tinha aberto as fronteiras do seu País à entrada de 1 milhão de refugiados e é seguramente o grande esteio da Europa Democrática, que não pode passar em claro e merece a minha admiração e respeito.