Utiliza, através da (sua) Escola de Meditação Rosa Cardeal, a meditação como terapia. Como é que esse método funciona?
A meditação, enquanto ferramenta que tenta amenizar algumas tensões emocionais, dir-se-ia que está na base de todas as terapias. Flexibiliza, portanto, qualquer terapia, melhora qualquer terapia. E, enquanto ferramenta de modelagem mental, pode, pelas chamadas mediações terapêuticas, ter efeito terapêutico, quando ela é dirigida para uma situação concreta. No fundo, o que se trata é amenizar as tensões desta vida stressante. O projeto nasceu com a ideia de se aplicar nas escolas, mas não avançou e criei uma escola onde alunos, pais e pessoas em geral pudessem usufruir desta técnica.
A escola ensina a meditar. E também aplica terapias?
Toda a meditação já é uma terapia. Ensina, sobretudo, as técnicas de meditação.
Que tipo de doenças pode a meditação ajudar a tratar?
A maior fatia de interesse das meditações tem a ver com a nossa vida mental. Mas como ela é um suporte da nossa vida física, é evidente que, por essa via, qualquer outra doença pode ser amenizada. Pelo menos, naquilo que é o seu reflexo.
A partir de que idade se pode recorrer-se a essa terapia?
Qualquer criança que tenha algum entendimento em relação à palavra é suscetível de entrar na meditação. Mas, como a meditação também se consegue por outros meios, às vezes, através da entoação da voz, também as crianças mais pequeninas conseguem meditar.
Como é que os seus colegas olham para a sua atividade?
Não é fácil. Mas como esta é uma luta que já venho travando há muitos anos, já me vou habituando. Comecei com a acupuntura quando ainda era proibida, e, hoje, é uma coisa que se ensina nas faculdades.
O que é feito da Liga dos Amigos do Hospital Distrital da Figueira da Foz (de que é presidente)?
Temos feito muito. Não temos tido a preocupação de divulgar o que se tem feito. A obra da liga, que é uma jovem organização, expressa-se em já umas centenas largas de milhares de euros [investidos] no hospital.