Vereadora da Cultura de Coimbra exige respeito à Escola da Noite

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Nunca faltei ao respeito nem fui mal educada com algum agente cultural do município”, exclamou a vereadora da Cultura da Câmara de Coimbra. “Por isso, exijo o mesmo respeito, por mim, pessoalmente, e pelo trabalho deste executivo”, acrescentou.

Carina Gomes falava, na passada segunda-feira, no início da reunião pública do executivo camarário, em resposta ao vereador do movimento Cidadãos por Coimbra sobre a falta de entendimento com A Escola da Noite. Em concreto, Paulo Pereira quis saber por que não tinha sido, ainda, assinado o protocolo de gestão do espaço que aquela companhia de teatro ocupa, no Teatro da Cerca de São Bernardo.

Em causa, recorde-se, está a decisão da estrutura cultural que não aceita os termos do referido protocolo, tal como um outro, que contempla o apoio municipal à atividade. A situação arrasta-se e, segundo a vereadora da Cultura, mereceu da sua parte uma nova mensagem, na passada semana, tentando encontrar uma solução.

A resposta de A Escola da Noite – “ou Teatro da Noite, como há dias foi designada”… – chegou à câmara, na passada sexta-feira, através de um email, emitido às 18H38, hora que, “manifestamente”, já não permitia qualquer avanço substantivo e formal do “processo negocial”, adiantou a responsável pelo pelouro da Cultura.

Notoriamente incomodada, Carina Gomes pediu então para ler o parágrafo final do referido email, em que A Escola da Noite diz “registar a preocupação” da vereadora com a possibilidade de a companhia ficar de fora dos apoios públicos, no âmbito dos concursos da DGArtes.

Em suma, A Escola da Noite continua a recusar a proposta camarária, que inclui o apoio à atividade – 210 mil euros (70 mil anuais) – e à gestão do espaço, propriedade municipal, na Cerca de São Bernardo: 20 mil euros anuais.

Para estes apoios, recorde-se, a câmara exige a garantia de a companhia produzir e estrear cinco peças, em três anos; e, em simultâneo, de também participar em três iniciativas municipais.

Carina Gomes lembrou que ambos os apoios integram as propostas de protocolo que o executivo aprovou, “por unanimidade”. E voltou a fazer a comparação com os protocolos estabelecidos com a outra companhia profissional de teatro que ocupa instalações municipais: “É injusto que, para o mesmo financiamento, a Escola da Noite queira fazer apenas três estreias enquanto O Teatrão tem de fazer nove estreias”.

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