Os ataques da vespa asiática tornam-se ainda mais problemáticos num ano, como este, de seca e em que se registaram incêndios de grandes dimensões que destruíram colmeias e pasto.
“Estamos sempre a lutar contra as adversidades”, lamenta João Gomes, referindo que a APICANT teve mais de 20 mil euros de prejuízos este ano, com a perda de 83 colmeias nos incêndios e vendo-se obrigada a alimentar as abelhas de forma artificial. A empresa lançou um apelo público, através do Facebook, a pedir açúcar que usou para fazer xarope e manter as abelhas.
Ana Paula Sançana estima que se tenha perdido, com os fogos, cerca de 30 por cento dos pastos da Denominação de Origem Protegida da Serra da Lousã. Apesar de estarem bem informados, na generalidade, e serem uma comunidade ativa, os apicultores vivem um período de crise. “Há muitos a abandonar a atividade e a venderem o equipamento porque não conseguem sobreviver”, afirma João Gomes.
Do Estado não há apoios diretos e só há uma entidade privada que oferece um seguro apícola, mas com custos muito elevados.
(Texto completo na edição impressa – 30-09-17)