Um teste que permite identificar medicamentos “potencialmente perigosos para a gravidez”, contribuindo para a redução de defeitos à nascença, acaba de ser desenvolvido por investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) de Coimbra.
O novo teste “propõe uma alternativa aos atuais testes pré-natais que, além de serem realizados exclusivamente em animais, apresentam limitações quando testados em contexto clínico”, afirma a Universidade de Coimbra (UC), numa nota enviada hoje à agência Lusa, anunciando a descoberta.
A solução foi desenvolvida no âmbito de um estudo publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences.
O teste irá permitir avaliar, de acordo com a UC, “a toxicidade dos medicamentos num sistema ‘humanizado’ e poderá contribuir para a redução de defeitos no desenvolvimento do sistema vascular do embrião”.
O sistema é “humanizado” porque “as células não são testadas em animais, mas colocadas numa plataforma microfluídica e expostas a condições de fluxo arterial que permite uma avaliação toxicológica”, em condições semelhantes às registadas a ‘in vivo’, explica a UC.