Foram divulgados os números correspondentes ao movimento do Porto da Figueira relativos ao mesmo de julho passado quando foi alcançado um novo máximo mensal e a informação de que se mantêm em alta as perspetivas de novos recordes.
Ao mesmo tempo, a Associação Figueira com Sabor a Mar dá nota da preocupação resultante de um menor afluxo de turistas no mesmo período, com consequências no movimento da restauração e hotelaria, o qual se situa aquém do que seria expetável.
Por outro lado, muito graças ao trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pelo Movimento Cívico SOS Cabedelo, a Figueira dispõe agora do reconhecimento de que o seu mar dispõe de “ondas com especial valor para a prática dos desportes de deslize”.
As duas primeiras notícias confirmam o parecer premonitório que, no anos sessenta, a propósito da construção do molhe norte, o então chefe dos serviços técnicos municipais já intuía, propondo uma de duas alternativas: o porto ou o turismo. É preciso olhar para este parecer considerando as circunstâncias da época quando o conceito do turismo era eminentemente de convívio social, de lazer e de diversão e não tanto de sol e praia como é hoje.
O reconhecimento da Figueira para a prática do surf representa uma forte razão para que se possam conciliar as atividades económicas ligadas ao porto com a atividade turística e desportiva de harmonia com as atuais tendências. Os dados estão lançados, estude-se então a solução.