Idosa viu a sua habitação arder mas quer continuar a pernoitar na casa

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Zulmira Carvalho viu as traseiras da habitação arder ontem na localidade de Lata, Semide, Miranda do Corvo. Restou um quarto e a cozinha, mas outras duas divisões, a escada de acesso posterior ao primeiro andar e os arrumos anexos – também de rés de chão e 1.º andar – foram consumidos pelas chamas, o que levou a uma derrocada. Mesmo antes do fogo, esta residência já era um imóvel muito velho e degradado, com uma estrutura de pedra e cimentoe telhado não revestido no interior.
Os dois filhos – ambos com idades próximas dos 50 anos, agricultor e mecânico de motorizadas, residentes em aldeias vizinhas – estiveram durante toda a tarde de anteontem e madrugada de ontem a ajudar os bombeiros, primeiro no combate às chamas, depois no rescaldo das chamas na habitação em arrumos das redondezas.
Um dos filhos, Mário Colaço, contou ao DIÁRIO AS BEIRAS que, “mesmo com os bombeiros a dizerem para descer, fui para cima do telhado da casa do lado com a mangueira e ajudei a que a casa da minha mãe não tivesse ardido toda”. Mesmo assim, a casa, que já antes tinha poucas condições de habitabilidade, está irremediavelmente perdida, não reunindo condições para que Zulmira lá possa voltar a pernoitar, embora essa tenha sido a vontade demonstrada pela idosa. Questionado sobre esta situação – que já estava sinalizada pelo Gabinete Municipal de Ação Social – o presidente da Câmara Municipal de Miranda do Corvo, disse que “é um problema que será resolvido até ao fim do dia”.

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