Duas casas habitadas ficaram alagadas, a praia fluvial inundada, várias estradas intransitáveis e muros em risco de ruir, em Alvares, Góis, na sequência das fortes chuvas que caíram na Serra da Lousã, quinta-feira à tarde.
“Aqui não chovia, nem uma pinga, fomos surpreeendidos com a violência da enxurrada que veio da serra”, contou ontem ao DIÁRIO AS BEIRAS Vítor Duarte, presidente da junta de freguesia de Alvares.
A ribeira do Sinhel, afluente do rio Unhais, galgou as margens e obrigou os serviços municipais a rebentar um dique para que mais casas não fossem inundadas.
Segundo informou a presidente da Câmara de Góis, Lurdes Castanheira, a cheia danificou também duas eletrobombas do sistema de abastecimento público, deixando “cerca de uma centena de pessoas sem água” na sede da freguesia de Alvares.
Água cortada até
qualidade estar garantida
Ontem à tarde o abastecimento de água ainda não estava reposto, mas Vítor Duarte apontava para que a situação se regularizasse durante o dia de hoje. O autarca explicou que a água só será restabelecida quando se conseguir “garantir a qualidade da água para consumo humano”. As chuvas transportaram as cinzas resultantes dos incêndios de junho pelo rio abaixo e é preciso acautelar que as fontes de abastecimento público não ficam contaminadas, disse.
O corte de água preocupa Vítor Duarte e em especial a situação do Lar e Centro de Dia São Mateus, localizado na sede de freguesia e que dá apoio a cerca de meia centena de idosos. “Está a ser abastecido através de um carro de bombeiros, mas queremos regularizar a situação o mais depressa possível”,. assegurou.
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