
FOTO DB/LUÍS CARREGÃ
Coimbra está em festa e, nesta altura, meia cidade sai à rua. Todavia, no resto do ano, os conimbricenses pouco ou nada usufruem do espaço público e da oferta de eventos, na sua cidade. Porquê?
Eu não sinto isso. Aliás, os números revelam que não é assim. Basta atentar em estudos recentes que relevam a posição cimeira de Coimbra em rankings de qualidade de vida. Um, por exemplo, coloca a cidade em 4.º lugar, no todo nacional, em itens como poder de compra, turismo, etc., a seguir a Lisboa, Porto e Braga e à frente de Setúbal, Aveiro e Leiria.
Quando se fala de fruição de espaço público pensa-se logo nas cidades espanholas, como Salamanca que fica tão perto…
É verdade. E só vamos conseguir ter o mesmo pela valorização do que existe, pelo estímulo à fruição do espaço público. Mas muita coisa está a ser feita. Vejamos uma rua que estava desertificada: a João das Regras. Com a reabilitação urbana, com o reordenamento automóvel, com o alargamento dos passeios e agora com o Convento São Francisco é hoje um espaço magnífico e cheio de gente. Também o Terreiro da Erva, onde ainda há muito para fazer, é certo, mas que já mudou de paradigma. Há meia dúzia de anos, era impensável convencer proprietários a promover a reabilitação física para terem moradores.
Entretanto, ali perto, as obras do novo Largo do Arnado arrastam-se…
Eu gostaria muito, neste 4 de julho de 2017, de fazer uma cerimónia de inauguração do novo Arnado. Mas atrasou. É pena, mas as empreitadas de obras públicas foram muito atacadas e ainda estão bastante frágeis… Agora, não tenho dúvida que a intervenção integrada, desde o Terreiro da Erva, passando pela Simões de Castro e depois com a nova ligação ao rio, pela Rua do Arnado, vai conferir a toda aquela zona uma centralidade nova e uma dinâmica comercial e urbana indiscutível.
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