A Ordem Franciscana – com 800 anos de presença em Portugal – foi o movimento monástico de maior amplitude social em toda a história do país, considerou hoje, sexta-feira, em Coimbra, o académico e investigador Saul António Gomes.
Segundo o professor da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC), a popularidade da ordem franciscana no passado e no presente deve-se, em parte, “à proximidade” com o povo.
“Deixou uma herança imensa no património espiritual e católico e no património cultural e monumental, que é artístico, literário e teológico”, disse Saul António Gomes à margem da conferência “800 anos de presença franciscana em Portugal”, inserida nas jornadas que decorrem hoje e amanhã, sábado, no Convento de S. Francisco, em Coimbra, sobre os “Oito séculos de presença franciscana – Memória e Vivência”.
“Os franciscanos transmitiam uma mensagem percetível para grandes e pequenos. É uma ordem de ação que estava no terreno, junto das pessoas, com uma intensa atividade pastoral, assistencial e missionária”, sublinhou.
Segundo o investigador do Centro de História da Sociedade e da Cultura da UC, o facto de se falar português em muitos países do mundo deve-se, em grande parte, à ação dos franciscanos, durante a época de expansão portuguesa.