O presidente da Câmara de Coimbra insiste na necessidade de mandar demolir o conjunto de edificações do restaurante Itália. Ontem, Manuel Machado propôs-se convidar a empresa que explora o estabelecimento a “mudar-se” para um dos novos módulos nas “Docas”.
A proposta do autarca foi apresentada no âmbito do debate sobre a ampliação das “Docas”, no Parque Verde. O projeto foi aprovado, por unanimidade. Os estabelecimentos de restauração e bebidas vão, assim, passar a dispor de dois pisos, tal como o DIÁRIO AS BEIRAS ontem avançou.
Sobre o modelo de concessão, no futuro, Manuel Machado lembrou a deliberação tomada pela assembleia municipal, de concessão unidade a unidade, e sublinhou que a entrega a um concorrente único, “apenas, alegadamente para poupar”, não vingou. “O que se vê agora é que foi poupar na farinha para agora pagar no farelo”, ironizou.
O projeto para as “Docas” prevê a criação de esplanadas junto ao piso superior dos novos módulos e a construção de mais um estabelecimento para além dos três atualmente existentes (o espaço que vinha funcionando como geladaria será integrado numa das novas unidades). Ao todo, envolve um investimento superior a 800 mil euros.
De acordo com o projeto de execução, da autoria do ateliê de Camilo Cortesão, cada um dos estabelecimentos passará também a dispor de instalações sanitárias, no piso inferior, de acordo com o projeto, que também contempla, por outro lado, a recuperação das casas de banho públicas do recinto.
Implicando o investimento de cerca de 836 mil euros, “a nova solução construtiva foi pensada para responder aos episódios de cheia do rio Mondego”, explica a Câmara, considerando que, “se ocorrerem inundações no rés-do-chão, os concessionários poderão continuar a sua atividade no primeiro andar”.
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