Um novo balanço do incêndio que deflagrou no sábado em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, dá conta de 57 mortos, disse hoje o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes.
O número de feridos mantém-se nos 59, de acordo com o balanço feito pelas 10H00.
Segundo Jorge Gomes, a rede SIRESP (operadora da Rede Nacional de Emergência e Segurança) foi restabelecida, depois de alguns constrangimentos, e a operadora de telecomunicações MEO instalou já uma rede de suporte para comunicações móveis.
O secretário de Estado da Administração Interna disse que o número de feridos se mantém nos 59, sendo que 18 foram transportados para hospitais de Coimbra, Santa Maria (Lisboa) e Prelada (Porto) e cinco estão em estado grave – quatro bombeiros e uma criança.
Em Pedrógão Grande encontram-se já elementos da Polícia Judiciária e seis técnicos do Instituto de Medicina Legal.
Sobre a evolução do incêndio, sublinhou que se mantém inalterado, com quatro frentes ativas, duas das quais de “extrema violência”.
Jorge Gomes sublinhou ainda que o fogo começou como um incêndio normal, mas cerca das 18H00 de sábado, de uma forma inesperada, “com ventos de todos os lados”, propagou-se de uma “forma impossível de controlar”.
Os meios aéreos espanhóis já se encontram a operar no terreno e os franceses vêm a caminho.
Contudo, adiantou que está a haver alguma dificuldade na operação dos meios aéreos devido à altitude em que podem operar.
“Temos que ter alguma calma”, apelou o secretário de Estado da Administração Interna, que disse ainda estarem já no terreno elementos da Segurança Social a dar apoio psicológico às pessoas.
“O importante é conseguir dar paz às pessoas de Pedrógão Grande e de Figueiró dos Vinhos”, concluiu.