O antigo bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, defendeu ontem a elaboração do Estatuto do Cuidador Informal. Na intervenção síntese feita no final do 5.º Colóquio Interdisciplinar sobre o Envelhecimento, que se realizou na Casa Costa Alemão (Polo II da Universidade de Coimbra), o médico reconheceu que a resposta aos desafios que se colocam à sociedade portuguesa de ter um envelhecimento acelerado passam pelos Cuidados de Proximidade. “O voluntariado e o cuidador informal necessitam de uma formação e enquadramento legal apropriado”, frisou.
Para além disso, José Manuel Silva lamentou que a legislação portuguesa tenha uma lacuna, pois ainda não foi elaborado “o Estatuto do Cuidador Informal”. O colóquio serviu, por outro lado, para mostrar que ainda há um longo caminho pela frente nesta matéria. Por exemplo, o antigo bastonário recordou que há a “insuficiência de meios formais das Unidades de Cuidados Continuados dos Agrupamentos de Centros de Saúde”, isto apesar do país ter “a maior taxa de cuidados informais domiciliários”.
A criação de condições para que as pessoas idosas possam ser felizes foi uma das medidas defendidas pelo orador Rui Brites, ao mesmo tempo que entende ser essencial que as pessoas “aprendam a valorizar a sua capacidade de adaptação, para usufruto mais feliz dos meios à sua disposição”.
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