p&r DIÁRIO AS BEIRAS/FOZ DO MONDEGO RÁDIO/FIGUEIRA TV
Luís Pena tem sido a voz dos figueirenses que se opõem à urbanização parcial do horto municipal
Acredita que o executivo camarário vai deixar cair a urbanização de parte do horto municipal?
Era do desconhecimento da vereadora Ana Carvalho e de outros elementos do executivo camarário, que não tiveram presente a história do assunto, que remonta a 1997. Qualquer impermeabilização dos solos naquele local pode ter consequências muito graves na zona do Galante.
Indo diretamente à resposta…
Acredito que as pessoas que estão na câmara tenham bom senso. Basta atenderem a uma reclamação apresentada em 2007, já no âmbito do processo da revisão do PLANO Diretor Municipal, numa subscrição assinada por 3500 munícipes, que pediram que a zona fosse preservada de qualquer construção.
Ficou sossegado com a resposta do presidente da câmara, João Ataíde, quando admitiu, na assembleia municipal, que poderia deixar cair a urbanização do horto?
A minha formação é jurista e, por defeito profissional, só ficarei descansado quando a alteração foi vertida no papel. De boas intenções está o inferno cheio… Registo com agrado as declarações [do autarca], mas só quando a classificação da área correspondente ao horto, bem como os terrenos anexos, for alterada para espaço turístico, só quando virmos no papel é que ficaremos descansados.
Estamos a falar de cerca de quatro mil metros quadrados. Esta área é assim tão importante ao ponto de poder inviabilizar investimento e criação de dois mil postos de trabalho?
Os figueirenses são pessoas minimamente inteligentes e que não se deixam levar por parangonas de promessa vagas e sem qualquer concretização em estudos. Dois mil postos de trabalho? Isso é qualquer coisa…
Que é feito do movimento independente que pretendia concorrer às eleições autárquicas deste ano, do qual fazia parte?
No final do ano passado, um conjunto de cidadãos, de diversas tendências ideológicas, chagaram à conclusão que os partidos, na Figueira da Foz, andam alheados da cidade: ou têm as sedes fechas ou não discutem os problemas, nomeadamente os dois principais partidos [PS e PSD]. O movimento não avançou porque chegou-se à conclusão que não havia condições para se debater, de igual para igual com os partidos. Sobretudo, ao nível do financiamento.