Mísia é “Giosefine” esta noite no TAGV

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“Sinto Giosefine como um duplo salto mortal entre géneros. Da música para o teatro, de homem para mulher”, diz Mísia, a fadista que esta noite sobe ao palco do Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV) para protagonizar um espetáculo a partir de “Carta desde Casablanca”, de Antonio Tabucchi e encenado por Guillermo Heras.
Na peça, que estreou em agosto de 2016 no Teatro Régio de Buenos Aire, Mísia interpreta um transexual que, em Casablanca, cidade onde se realizaram as primeiras operações de mudança de sexo, escreve uma carta à irmã momentos antes de entrar para a sala de operações.
Apesar de se ter estreado em teatro em 2013, no Centro da Malaposta, na peça “O matadouro invisível”, numa encenação de José Martins, Mísia confessa, numa entrevista concedida ao DIÁRIO AS BEIRAS, que este desafio é “completamente diferente”. “Se não tivesse tido essa experiência, não tinha coragem” para avançar com o monólogo, diz.
“São 75 minutos em palco, completamente sozinha, a falar. Deixo a minha zona de conforto como protagonista musical para fazer parte de um todo”, refere. E, no único momento em que canta – Giosefine era empregado de mesa num cabaret, mas um dia tem que substituir a estrela do esptáculo – , Mísia fá-lo num tom masculino.
Em “Giosefine”, retrata-se “a procura da identidade, de se encontrar um lugar no mundo”, explica a artista. À imagem, aliás, da própria protagonista cuja história – 25 anos depois da edição do primeiro disco, – faz-se de uma mão-cheia de álbuns e de concertos memoráveis. Uma história movida pelo amor à música e à arte.
O espetáculo no TAGV, hoje às 21H30, custa entre 12 e 15 euros e está inserido na Semana Cultural da Universidade de Coimbra.

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