Carlos Cortes: “O exercício da medicina é hoje uma enorme manta de retalhos”

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Carlos Cortes, recentemente reeleito presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, tomou ontem posse, numa cerimónia em que criticou a passividade do atual Ministério da Saúde, que repete os “malabarismos mediáticos do passado”. O médico criticou ainda o “equívoco” de ter sido nomeado, há três anos, “aquele que hoje preside aos destinos do maior banco público do país”. “Ou alguém se tinha profundamente equivocado com a nomeação do Dr. Paulo Macedo na pasta de Ministro da Saúde ou se equivocaram hoje ao colocá-lo à frente da Caixa Geral de Depósitos”, notou.
Na cerimónia, que encheu as instalações da Ordem dos Médicos na avenida D. Afonso Henriques, em Coimbra, Carlos Cortes lamentou que neste último ano de governação, a esperança de uma verdadeira mudança “ se tenha desvanecido”.
Aliás, de acordo com o presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, nos últimos 10 anos, “os sucessivos ministérios da Saúde insistiram sistematicamente” em “redefinir o âmago da profissão, como se o exercício da Medicina se reduzisse a um emprego, a uma tarefa impessoal, centrada em burocracia, números e resultados económicos”.
E deu como exemplo a criação da figura do “médico-funcionário”, da restrição dos tempos de consultas, do controlo de atos de diagnóstico e terapêuticos.

Artigo na íntegra na edição impressa do DIÁRIO AS BEIRAS

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