Opinião – La Buena Escuela Portuguesa

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Pedro Mota Curto

No início do mês de dezembro de 2016, o jornal espanhol El País, publicou um elogioso artigo sobre as Escolas e a Educação em Portugal.

Analisando os resultados, apresentados nesse mês, do último relatório PISA (Programme for International Student Assessement), Javier Martín concluiu que “Portugal es el único país europeo que mejora continuamente su nivel educativo desde el año 2000”. De acordo com os resultados deste relatório internacional, Portugal é o único país europeu que tem melhorado sistematicamente os resultados escolares dos seus alunos, desde 2000 (ano em que Portugal começou a participar nesta avaliação) até 2016.
Esta avaliação internacional da Educação nos 35 países da OCDE e em mais 35 países, num total de 70 países, é realizada de três em três anos, testando os conhecimentos dos alunos de 15 anos (independentemente do ano de escolaridade que estão a frequentar), nos domínios da leitura, ciência e matemática.
Os testes foram respondidos por cerca de 8000 estudantes portugueses, escolhidos aleatoriamente. No teste de ciências ficaram colocados em 17º lugar, no teste de leitura em 18º lugar e no de matemática, em 22º lugar.
O Ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues declarou que todo o sistema educativo português estava de parabéns: “Podemos congratular-nos com os nossos estudantes, os nossos docentes, os diretores das nossas escolas, pela forma como as nossas famílias olham para o sistema educativo e para a educação dos seus, com o papel das autarquias”. Realçou ainda o trabalho desenvolvido nas últimas décadas, independentemente de partidos ou de ministros, a generalização da educação pré-escolar, o Plano Nacional de Leitura, o Plano de Ação da Matemática, a Ciência Viva, os Territórios Educativos de Ação Prioritária.
Entre muitos outros fatores há ainda que considerar o aumento da literacia das famílias assim como o trabalho de inclusão efetuado pelas escolas, os inúmeros projetos de cidadania e de educação integral realizados pelas escolas, as bibliotecas escolares, o desporto escolar, o apoio a alunos com necessidades educativas especiais, intercâmbios com alunos e professores de outros países, valorizando sempre o contributo das escolas para a mobilidade social.
Há 15 anos que estamos em convergência com a Europa, pois passámos dos últimos lugares no PISA para lugares acima da média, mesmo considerando apenas os 35 países da OCDE. Década e meia sempre a melhorar a literacia dos portugueses, dos pais e dos alunos. De acordo com o Comissário Europeu da Educação: “Portugal é o único país da União Europeia que tem melhorado de forma continuada o seu desempenho em PISA, desde 2000”.
Assim, independentemente de querelas partidárias ou de protagonismos pífios, podemos concluir que a Escola Portuguesa, apesar de tudo, está no bom caminho e recomenda-se, em grande parte devido ao árduo trabalho missionário da maioria dos seus professores. Em Madrid até a apelidam de “La Buena Escuela Portuguesa”.

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