Opinião: Do rio e do mar

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Rui Curado Silva

As conclusões divulgadas pelo relatório da Ordem dos Engenheiros sobre as cheias do Mondego de janeiro de 2016 são categóricas sobre o não cumprimento das regras de funcionamento da Barragem da Aguieira e sobre a responsabilidade de quem a gere.

Coimbra e Montemor-o-Velho foram os concelhos mais afetados, mas calculamos que um aumento de caudal do rio em simultâneo com uma maré alta pode dar resultados catastróficos na Figueira.

O mínimo que se espera agora é que as câmaras e as comunidades intermunicipais defendam o interesse público contra eventuais interesses económicos da gestão das barragens.

Um vídeo captado a passada semana pela associação SOS Cabedelo mostra um cargueiro em dificuldades a renunciar à entrada na barra, depois da rebentação o ter desviado subitamente da sua trajetória em direção ao Porto Comercial. Dois meses depois de 180 mil euros investidos em dragagens ficam enormes dúvidas sobre o alcance deste investimento e sobre a configuração atual da barra.

Entretanto na mesma semana, a equipa do arquiteto Miguel Figueira apresentou perante uma comissão parlamentar a solução de transferência de areia em excesso na Praia da Claridade para o Cabedelo através de bypass. Os deputados presentes não ficaram indiferentes aos argumentos apresentados e existe agora a expetativa de elaboração de um projeto de recomendação a favor desta solução.

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