Opinião: Coimbra. O grande desafio do Ensino Superior

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Hélder Rodrigues

1. O Ensino Superior na sociedade em que vivemos
Numa sociedade em profunda transformação como aquela em que vivemos, com crises por todo o lado e a todos os níveis, o ensino superior não foge à regra!
Nem os professores, nem os alunos, nem os métodos de ensino! E o caso não é para menos! Preparar jovens para enfrentar um futuro imprevisível e cheio de incertezas, não é tarefa fácil!
Uma coisa é certa! Aquilo que o Ensino Superior conseguir ou não conseguir fazer (com as Universidades na linha da frente) afectará fortemente o futuro da sociedade em que iremos viver e logo à partida o futuro dos jovens actuais e os das gerações futuras! Que homens precisamos formar para amanhã liderarem os destinos do Mundo? Só o conhecimento nos pode dar respostas e abrir caminhos numa sociedade a caminho da desorientação, se nada for feito em sentido contrário.

2. O grande desafio do Ensino Superior
Com estas responsabilidades acrescidas, a viver à custa de Orçamentos cada vez mais magros, que muitas vezes não chegam para pagar os salários dos que ali trabalham. Sem fontes de financiamento para melhorar a qualidade do presente, muito menos para Investimentos inovadores que o futuro exige, os estabelecimentos do Ensino Superior vivem dias difíceis, com uma gestão de enorme complexidade!
Este é, o grande desafio actual do Ensino Superior. Muitas vezes há ideias, projectos e competências, mas faltam os financiamentos. E sendo este um factor primordial, de natureza estratégica e de grande complexidade, cai prioritariamente na responsabilidade da gestão de topo.
E, todavia, encontrámos, ao longo do percurso pelo País, muitos casos de sucesso no meio de toda essa complexidade! Quero partilhá-los convosco queridos leitores de “As Beiras”, pois seremos com certeza, no desempenho dos papéis que a sociedade nos destinou, ser parte da solução e não do problema!

3. Para gerir uma Universidade sozinho, nem um super-homem!
Um Reitor de uma conhecida Universidade portuguesa dizia há pouco num jornal semanário. “Para gerir uma Universidade sozinho, nem que fosse um super-homem! Só uma profunda delegação de competências e um enorme trabalho em equipe pode remover os obstáculos que temos à nossa frente”!
A equipa de topo, constituída pelos responsáveis mais influentes, começou por “arrumar a casa” delegando em pessoas competentes e experientes a quem deu autonomia e se pediram responsabilidades na gestão interna corrente.
A Universidade era fértil em pessoas competentes que nunca tinham sido aproveitadas totalmente. Não foi tarefa fácil! Desta vez houve que escolher os melhores e os mais capazes! E todos acabaram por concordar com as escolhas feitas!
A sua missão base ficou definida: aumentar a eficiência dos serviços existentes, aumentar as receitas correntes; a venda de produtos e serviços a empresas, estudantes, turistas e visitantes; diminuir custos.
A primeira grande vitória foi o de toda a organização ter ficado a saber aquilo que a Universidade pretendia ser, e o que é que esperava de cada um dos seus funcionários para o sucesso! A adesão foi total!
Liberta da gestão do quotidiano, a equipa de topo teve então tempo e disponibilidade para se dedicar, de corpo inteiro, ao plano estratégico e à captação de financiamentos externos. Mas isso é tema das próximas crónicas.

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