Opinião: Pátria ou morte, venceremos!

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Luís Santarino

Luís Santarino

Não fui pressionado, porque nunca me sinto pressionado, mas, alguns Amigos perguntaram-me porque não escrevia sobre a vida e morte de Fidel Castro. Pois bem. Aqui vai!

Sobre a vida muito teria a dizer se tivesse vivido a revolução. Mas felizmente ou infelizmente, não a vivi! Sobre a morte, será num futuro próximo, uma interrogação.

Infelizmente, porque uma revolução é sempre para ser sentida e não para ser olhada ou observada. Felizmente porque, sendo eu um defensor da liberdade, iria de certeza chatear-me de não estar autorizado a escrever, ou ler, ou mesmo dizer o que muito bem me apetecesse.

Ou seja, existe um sentimento diferenciado. Por tal, não me atrevo, nem a julgar Fidel Castro nem o Povo cubano, como o faz qualquer “bicho careto”…vulgo analfabeto!

Poderei é julgar em primeiro lugar Fulgêncio Baptista, um bandido da pior espécie e os seus sequazes, pela exploração miserável dos cubanos, cuja sociedade era uma bandalheira. A fuga desenfreada dos governantes com a iminente entrada de Fidel Castro, Che Guevara, Camilo Cinfuegos e seus seguidores, em Havana, demonstra bem o estado a que Cuba tinha chegado. Por isso, em primeiro lugar, sou adepto da máxima, “Pátria ou morte, venceremos”!

Aliás, a demonstrar esse apoio, foram os milhares e milhões que por todo o País saudaram a sua entrada.

Incompetentes, vaidosos e arrogantes, os governantes americanos de então – e os de agora vamos ver no que dará – resolveram por actos impensados e estúpidos, imortalizar Fidel Castro e a revolução cubana.

Que poderiam esperar os exploradores de então – vamos ver o futuro próximo nos reserva – senão o Povo unir-se e repudiar todos os actos de ingerência?

A verdade é que Cuba optou pela ditadura, num período seguinte, devido às ameaças recebidas. Pese embora as políticas de saúde e educação serem um exemplo para o mundo – não se morre à porta do hospital como em outros países – a falta de liberdade é algo não tolerável. Mas compreendo que assim se tivesse mantido! Porque quem se sente ameaçado tende a defender-se…de qualquer maneira!

Resta saber agora, pós-Fidel, se o Povo cubano se mantém firme na defesa da sua revolução, ou, à entrada de milhões de milhões de dólares ou euros, responde com outra forma de viver e de resistir.

Seja como for, penso que as restrições à liberdade de expressão irão acabar se, para tanto, existir engenho e arte de governantes e comunidade internacional.

Não se apanham moscas com vinagre. Por isso, o Presidente eleito dos Estados Unidos da América vai ter juízo, porque a isso o obrigam as outras “forças” no seu próprio país. Cuba será, a par do “reinado” de Trump, um caso importante a seguir e investigar.

Por fim, olhando para a realidade portuguesa que muitos esperavam ser de afirmação de valores perante o mundo, fale-se português ou não, após o 25 de Abril, poderemos dizer que todos são livres e iguais? A Constituição da República Portuguesa afirma-o. Mas, daí até ser verdade vai uma distância, como “daqui” ao infinito.

Se olharmos à nossa volta, percebemos que vivemos em ditadura, mas uma ditadura soft, sem presos políticos, é certo, mas com gente refém das suas dificuldades, do pequeno favor, instrumentalizados por escumalha sem escrúpulos.

Pronto. Sou livre. Ninguém me retira esta liberdade. Mas também espero que à maior liberdade dos cubanos, não lhe seja retirado o direito à saúde, educação e outros direitos que tornam felizes os cidadãos.

Que seja, agora, uma outra revolução. Que voltem a ser um exemplo de coragem e de determinação para o Mundo.

Não Julgo, não tenho o direito de julgar Fidel Castro, porque isso significaria estar a julgar o Povo cubano. Não me sinto capaz de tal!

Como poderemos nós julgar quem quer que seja, se permitimos, enquanto último “Império Colonial do Mundo”, ouvido e respeitado, que nos tivessem atirado para o 5º. País mais endividado e, penso, com a maior quantidade de corruptos por metro quadrado?

Haja juízo!

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