Opinião: O Ibili, os estacionamentos e as pessoas

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Diogo Cabrita

Diogo Cabrita

Desde há décadas que os habitantes dos prédios de Celas e da zona do Nora e da CEDAP se confrontam com um problema colectivo. Existem três grandes instituições numa pequena região de Coimbra – o Hospital da Universidade de Coimbra, Instituto de Oncologia e o IBILI no pólo III da Universidade.

Falamos de milhares de pessoas que entram e saem destas instituições e falamos da ausência de estacionamentos, da falta de passadeira e da inqualificável entrada no polo III sobre a rotunda Mota Pinto. Viver nos prédios de Celas é o convívio com os abusadores da privacidade dos outros que tapam garagens, obstruem entradas de prédios, impedem a passagem de carros de bombeiros.

Mas as pessoas precisam estacionar para ir às consultas, precisam comer nalgum lado enquanto esperam, carecem de atravessar as ruas porque não voam. Além deste problema a entrada dos HUC é o lugar privilegiado das famílias nómadas quando um dos seus adoece. Vira estendal, sala de estar, lugar de cantos e discussões, carros que servem de abrigo e casas de banhos devassadas nas bombas de gasolina e no café Nora.

Porque não há estacionamentos nestas zonas? Porque ninguém se preocupou em evitar multas aos doentes e seus familiares? Porque não há casas de banho públicas no exterior dos HUC? Porque não concertaram soluções entre as três instituições que retirassem aos cidadãos e aos funcionários este processo maligno de completo caos entre as 08 e as 09 horas de cada manhã? Deve haver muita gente a receber para mandar que não manda. Deve haver muita inteligência incapaz ou cega.

Devo confessar que escrevo desde 2005 para a Câmara, para os Bombeiros, para a PSP e para as Direcções sucessivas dos HUC e nunca obtive mais que aumento de multas nas ruas nos oito dias após as cartas. Mas claro que devia ter escrito também para o IPO e o Polo III.

Porque não se sentam e resolvem? Porque não procuram uma solução depois de terem projectado uma obstipação brutal? Já viram os estudantes a atravessar as ruas sem qualquer passadeira? Alguém já pensou que há mais de oito mil trabalhadores nestas Instituições? Que não usam as soluções românticas de Manuel Machado e suas vias verdes?

Já pensaram que há um prédio ex Pediátrico a cair de serôdio e sem solução, que pode ser espaço útil para solucionar temporariamente? Quem sois vós? Estes que todos juntos arrastam um problema durante décadas sem preocupação ou interesse?

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