A Briosa carimbou ontem a passagem à 4.ª eliminatória da Taça de Portugal. Frente a um Belenenses que estreava em Coimbra o treinador Quim Machado, a formação academista mostrou ser superior ao adversário, tendo mesmo falhado uma grande-penalidade na 1.ª parte e desperdiçado escandalosamente um lance pouco depois de ter obtido o segundo golo.
Com apenas duas alterações em relação ao jogo de segunda-feira frente ao Varzim – troca de guardião (Ricardo Ribeiro por José Costa) e de avançado (Tozé Marreco por Rui Miguel) –, a Académica assumiu desde início o comando da partida. Uma “liderança” algo consentida por um Belenenses que ainda parece estar a assimilar a forma de jogar do seu novo treinador, Quim Machado. Como tal, não foi de estranhar que até bem perto do intervalo só desse Académica no Estádio Cidade de Coimbra.
A primeira oportunidade aconteceu perto dos 20 minutos. Depois de uma boa troca de bola à entrada da área, Pedro Nuno isolou-se e, perante Joel, sofreu falta do guardião “azul”. Uma grande-penalidade bem assinalada, mas que Kaká desperdiçou, atirando com estrondo à barra da baliza do guarda-redes do Belenenses.
Este lance estimulou ainda mais a equipa de Costinha, que antes do golo teve tempo de testar a pontaria em duas ocasiões. Pedro Nuno, primeiro, e Rui Miguel, depois, tiraram as medidas à baliza de Joel que, aos 36 minutos, não teve hipóteses quando Marinho lhe apareceu pela frente. Um excelente passe de Kaká que isola o extremo/avançado da Briosa. À entrada da área, ainda é apanhado pelos defesas do Belenenses, mas consegue libertar-se deles, apontando um golo que pecava por tardio.
Perto do intervalo, a Académica sofreu um calafrio. Gerso aparece solto na área, valendo aos estudantes uma grande defesa de José Costa para canto. Um lance que, caso fosse de sucesso, seria uma autêntica injustiça para a formação conimbricense.