Águeda está hoje melhor preparada para as cheias, com um sistema de monitorização das chuvas na encosta do Caramulo que permite prever, com antecedência, a iminência de inundações e avisar a população.
Quem o garante é o coordenador da Proteção Civil Municipal, Jorge Almeida, referindo que existe hoje um maior conhecimento do território e um planeamento que permite minimizar os efeitos.
“Temos uma série de pontos de monitorização, controlados pelos Serviços Municipais de Proteção Civil, em conjugação com o Serviço Nacional de Proteção Civil e o Serviço Nacional de Recursos Hídricos. Além disso, temos também alguns pontos de visualização, porque os instrumentos podem falhar”, descreve.
O acompanhamento da evolução dos caudais, mas também o alerta para a intervenção perante a ocorrência de cheias, constam do Plano Municipal de Proteção Civil, que foi financiado pelos fundos comunitários do programa Mais Centro.
“Numa situação de cheia temos de assegurar questões básicas, como o acesso às casas e os cuidados a pessoas acamadas. O nosso plano prevê tudo isso, com diversos intervenientes, como os Bombeiros, a GNR, as associações de proteção civil e os nossos serviços, determinando como funciona e quem faz o quê”, explica.
Vigilância, acompanhamento e prestação de serviços são os três pilares em que se desenvolve o Plano Municipal de Proteção Civil para fazer face ao risco de inundações, que é complementado por uma base de dados da Câmara.
“Toda a gente sabe que a Baixa de Águeda é inundável porque está em leito de cheia e o que se pretende é que as pessoas tomem as precauções devidas, de modo a minimizar os impactos”, diz.
O levantamento feito pela autarquia “dos comerciantes, moradores e de quem tem interesses na Baixa” permitiu elaborar uma base de dados de contactos, para que o alerta seja eficaz e a assistência também.